EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO.
CAPÍTULO III.
HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI.
DESTINAÇÃO
DA TERRA.
INSTRUÇÕES
DOS ESPÍRITOS.
MUNDOS
DE EXPIAÇÕES E PROVAS.
Santo
Agostinho – Paris, 1862
14. Entretanto, nem todos os Espíritos
encarnados na Terra se encontram aí em expiação. As raças a que chamais de
selvagens são Espírito apenas saídos da infância e que aí estão, por assim dizer,
educando-se e se desenvolvendo em contato com Espíritos mais esses mesmos
Espíritos em progresso. Essas são, de certo modo, as raças indígenas da Terra,
que progrediram pouco a pouco no decorrer de longos períodos seculares, conseguindo
algumas delas atingir o aperfeiçoamento intelectual dos povos mais
esclarecidos.
Os Espíritos em expiação na Terra
são, se assim podemos dizer, como estrangeiros. Eles já viveram em outros
mundos de onde foram excluídos em conseqüência de sua insistência no mal e
porque eram causa de problemas para os bons. Foram expulsos, por um período,
para o meio de Espíritos mais atrasados do que eles, trazendo por missão fazer
progredir a estes últimos, pois têm consigo inteligência mais desenvolvida e as
sementes dos conhecimentos adquiridos nos mundo em que viveram. É esta a razão
pela qual Espíritos cumprindo punições se encarnam em meio a raças mais
inteligentes, porque aí as misérias da vida têm para eles maior amargor, em
vista de possuírem sensibilidade mais apurada do que as raças primitivas, em
que o senso moral é menos desenvolvido.
Fonte: O Evangelho Segundo o
Espiritismo - Allan Kardec – 3 a. Edição - Editora Petit - São
Paulo, SP - 2000.
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