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domingo, 7 de julho de 2013

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA N º. 17. - MÉDIUNS E MEDIUNIDADE. - ANEXO. N º. 81.- MEDIUNIDADE E EVANGELHO. - NO PRINCÍPIO E AGORA TAMBÉM. - Dr. ODILON FERNANDES. (CARLOS A. BACCELLI.)

                        MEDIUNIDADE E EVANGELHO.
  
                   NO PRINCÍPIO E AGORA TAMBÉM.

                        “No princípio, como se ignorasse a causa do fenômeno, se ainda indicado várias precauções, depois reconhecidas como absolutamente inúteis; tal é, ainda, o contato dos dedos mínimos das diferentes pessoas, de maneira a formar uma cadeia não interrompida”. (Cap. II – Segunda Parte – item 62)

            Não apenas no princípio mas igualmente nos tempos atuais a falta de esclarecimento de seus próprios seguidores tem sido o maior entrave á propagação da doutrina.
            Muitos confrades vêem no Espiritismo uma doutrina de “uso” pessoal e querem tocá-la ao seu modo. Consideram-se “donos” de centros espíritas,isolam-se dos demais grupos, criticam o movimento unificacionista e, se médiuns, não admitem qualquer tipo de “concorrência” em seu campo de trabalho.
            Por incrível que pareça, existem muitos espíritas assim... acreditam saber mais do que os Benfeitores Espirituais, sem, não raro, conhecer sequer as obras da Codificação. “Inventam” fórmulas especiais de transmitir passes, centralizando em si todas as atividades do grupo e aí de quem ouse discordar de suas opiniões.
            Com as nossas observações, não desejamos criticar nenhum companheiro de ideal que, às próprias expensas, funda e mantém ativa instituição espírita, prestando imensos benefícios à comunidade. Entretanto, em doutrina Espírita carecemos sempre de uma visão mais ampla das coisas, a fim de que não nos equivoquemos quanto aos seus objetivos.
            Não é porque sejamos servidores do bem que podemos nos permitir certos desmandos, para que não corramos o risco de ceifar com uma mão o que plantamos com a outra...
            Por mais façamos na caridade, seja na Terra ou no além, estejamos convencidos de que estaremos resgatando apenas parcelas de nossos grandes débitos perante a Lei. Portanto, jamais nos sintamos justificados em nossos erros.
            Conforme esclareceu o Codificador, uma reunião espírita deve ser a mais simples possível. Fórmula alguma substituía boa intenção. Não há necessidades de preces especiais ou de quaisquer outras providências “externas”; ou seja, o que mais conta é a sinceridade de propósitos. O costume mantido por determinados grupos espíritas de se separar os homens e as mulheres, destinando-lhes lugares diferentes na assembléia, é inócuo. Como sem razão de ser é também o hábito de se retirar relógio do pulso e anéis dos dedos, quando da transmissão do passe.
            Escreveu Kardec no capítulo em questão que, para a manifestação física das mesas girantes, “a presença de metais, da seda nas vestes dos assistentes, os dias, as horas, a obscuridade ou a luz, etc., são tão indiferentes com a chuva e bom tempo.” A rigor, até destampar-se a garrafa d’água a ser fluidificada é desnecessário, porque a matéria não constitui obstáculo intransponível para os Espíritos.
            O apego a fórmulas e rituais numa reunião que se intitule espírita é ainda herança do paganismo e, no fundo, demonstra a predominância do “exterior” sobre o “interior” porque,  abem da verdade, é muito mais fácil como disse o Cristo, oferecer-se a Deus “sacrifícios materiais” do que o próprio coração...
            As chamadas “correntes mediúnicas” também precisam ser melhor avaliadas. Se é fato que afinidade e a sintonia entre os médiuns de um grupo estabelecem uma “força homogênea” e direcionada no mesmo sentido, não é a crença de que o simples ajuntamento de médiuns em torno de uma mesa possa conferir-lhe proteção, para que o trabalho se desenvolva imune ao ataque das trevas... Os médiuns podem perfeitamente ficar fisicamente distantes uns dos outros, desde que espiritualmente estejam próximos... As “correntes mediúnicas” se formam a partir dos elos dos sentimentos e não da disposição das cadeias ocupadas pelos medianeiros.
            Existem”correntes mediúnicas” que estão tão fracionadas, que são justamente elas que mais embaraçam o trabalho dos Espíritos. Não raro, simples freqüentadores  de uma sessão espírita colaboram mais do que aqueles que permanecem á sua frente, com a responsabilidade da direção dos trabalhos.
            Ser médium não é privilégio e dirigir ima instituição espírita é responsabilidade das mais sérias.   

Fonte: Livro Mediunidade e Evangelho - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 6o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP – Janeiro/2008..

                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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