A FACULDADE DE CURAR.
A
faculdade de curar, para manter-se íntegra, não deve permanecer precavida tão-somente
contra o pagamento em dinheiro amoedado.
Há
outras gratificações negativas a que lhe cabe renunciar, a fim de que não seja
corroída por paixões arrazoadas que começam nos primeiros sinais de
personalismo excessivo.
Imprescindível
saber olvidar o vinho venenoso da bajulação, a propaganda jactanciosa, o
perigoso elixir da lisonja e a aprovação alheia como paga espiritual.
Quem
se proponha a auxiliar aos enfermos, há que saber respirar no convívio da
humildade sincera, equilibrando-se, cada instante, na determinação de servir.
Para
curar é preciso trazer o coração por vaso transbordante de amor e quem
realmente ama não encontra ensejo de reclamar.
Compreendendo
as nossas responsabilidades com o Divino Médico, se queres efetivamente curar,
cala-te, aprende, trabalha honrando a posição de servidor de todos a que Jesus
te conduziu.
Auxilia
aos ricos e aos pobres, como quem sabe que fartura excessiva ou carência
asfixiante são igualmente enfermidades que nos compete socorrer.
Ampara
os amigos e aos adversários, aos alegres e aos tristes, aos melhores e aos
menos bons com quem compreende na Terra a valiosa oficina de reajuste e elevação.
Reconheçamos
que toda honra pertence ao Senhor, de quem não passamos de apagados e
imperfeitos servidores.
Não te
afastes de dependência do Eterno Benfeitor e, movimentando os próprios
recursos, a benefício dos que te cerca, guardemos a certeza de que, curando,
seremos curados por nossa vez, soerguendo-nos, enfim, para a vitória real do
espírito, em cuja luz os monstros da penúria e da vaidade, da ignorância e do
orgulho não mais conseguirão alcançar.
EMMANUEL
(CHICO XAVIER.)
Fonte: Livro “MEDIUNIDADE E SINTONIA” - EMMANUEL
(Francisco C. Xavier.) - Editora CEU - São Paulo, SP. - 1986.
RHEDAM.
(rhedam@gmail.com)
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