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domingo, 11 de dezembro de 2011

- TEMAS SOBRE A FAMÍLIA. - CASAMENTO E FAMÍLIA. - BENEDITA FERNANDES. (DIVALDO P. FRANCO.)

                                   CASAMENTO E FAMÍLIA.

              Diante das contestações que se avolumam, na atualidade, pregando a reforma dos hábitos e costumes, surgem os demolidores de mitos e de Instituições, assinalando a necessidade de uma nova ordem que parece assentar as sias bases na anarquia.
              A onde cresce e o tresvario domina, avassalador, ameaçando os mais nobres patrimônios da cultura, da ética e da civilização, conquistados ob ônus pesados, no largo processo histórico da evolução do homem.
              Os aficionados da revolução destruidora afirmam que os valores ora considerados, são falsos, quando não falidos, e que os mesmos vêm comprimindo o indivíduo, a sociedade e as massas, que permanecem jungidos ao servilismo e à hipocrisia, gerando fenômenos alucinatórios e mantendo, na miséria de vários matizes, grande parte da humanidade.
               Entre as Instituições que, para eles, se apresentam ultrapassadas, destacam o matrimônio e a família, propondo a promiscuidade sexual, que disfarçam com o nome de “amor livre”, e a independência do jovem, imaturo e inconseqüente, sob a justificativa de liberdade pessoal, que não pode nem deve ser asfixiada sob os impositivos da ordem, da disciplina, da educação...
              Excedendo-se na arbitrariedade das propostas ideológicas ainda não confirmadas pela experiência social nem pela convivência na comunidade, afirmam que a criança e o jovem não são dependentes quando parecem, podendo defender-se e realizar-se, sem a necessidade da estrutura familiar, o que libera os pais negligentes de manterem os vínculos conjugais, separando-se tão logo enfrentam insatisfações e desajustes, sem que se preocupem com a prole.
              Não é necessário que analisemos os problemas existenciais destes dias, nem que façamos uma avaliação dos comportamentos alienados, que parecem resultar da insatisfação, da rebeldia e do desequilíbrio, que grassam em larga escala
               Não podemos, no entanto, numa visão apressada, mediante exame superficial, acusar o casamento dos fracassos das uniões carnais, sem o amadurecimento emocional dos parceiros, nem o instituto da família, ainda vítima de tal situação.
              A monogamia é conquista de alto valor moral da criatura humana, que se dignifica pelo amor e respeito ao ser elegido, com ele compartindo alegrias e dificuldades, bem-estar e sofrimentos, dando margem às expressões da afeição profunda, que se manifesta sem a dependência dos condimentos sexuais, nem dos impulsos mais primários da posse, do desejo insano.
               Utilizando-se da razão, o homem compreende que a vida biológica é uma experiência muito rápida, que ainda não alcançou biótipos de perfeição, graças ao que, é frágil, susceptível de dores, enfermidades, limitações, sendo, os estágios da infância como o da juventude, preparatórios para os períodos do adulto e da velhice.
               Assim, o desgaste e o abuso de agora tornam-se carência e infortúnio mais tarde, na maquinaria que deve ser preservada e conduzida com morigeração.
              Aprofundando o conceito sobre a vida, se lhe constata anterioridade ao berço e a continuidade após o túmulo, numa realidade de interação espiritual com objetivos definidos e inamovíveis, que são os mecanismos inalienáveis do progresso, em cujo contexto tudo se encontra sob impositivos divinos expressos nas eis universais.
              Desse modo, baratear, pela vulgaridade, a vida a atirá-La a situações vexatórias, destrutivas, constitui crime, mesmo quando não catalogado pelas leis da justiça, exaradas nos transitórios códigos humanos.
              O matrimônio é uma experiência emocional que propicia a comunhão afetiva, da qual resulta a prole sob a responsabilidade dos conjugues, que se nutrem de estímulos vitais, intercambiando hormônios preservadores do bem estar físico e psicológico.
              Não é, nem poderia ser, uma incursão ao país da felicidade, feita de sonhos e de ilusões.
              Representa um tentame, na área da educação do sexo, exercitando a fraternidade e o entendimento, que capacitam as criaturas para a amais largas incursões na área do relacionamento social.
              Ao mesmo tempo, a família constituía célula experimental, na qual se forjam valores elevados e se preparam os indivíduos para um convivência salutar no organismo universal, onde todos nos encontramos fixados.
              A única falência, no momento é a do homem, que se perturba, e insubmisso, deseja subverter a ordem estabelecida, a seu talento, em vãs tentativas de mudar a linha do equilíbrio, dando margem às alienações em que mergulha.
              Certamente, muitos fatores sociológicos, psicológicos, religiosos e econômicos contribuíram para este fenômeno. Não obstante, são injustificáveis os comportamentos que investem contra as Instituições objetivando demoli-las, ao invés de auxiliar de forma edificante em favor da renovação do que pode ser recuperado, bem como da transformação daquilo que se encontra ultrapassado.
               O processo da evolução é inevitável. Todavia, a agressão, pela violência, contra as conquistas que devem ser alteradas, gera danos mais graves do que aqueles que buscam corrigir.
               O lar, estruturado no amor e no respeito aos direitos dos seus membros, é a a mola propulsiona Dora do progresso geral e da felicidade de cada um, como de todos em conjunto.
              Para esse desiderato, são fixados compromissos de união antes do berço, estabelecendo-se diretrizes para a família, cujos membros se voltam a reunir com finalidades específicas de recuperação espiritual e de crescimento intelecto-moral, no rumo da perfeição relativa que todos alcançarão.
               Esta é a finalidade primeira da reencarnação.
               A precipitação e o desgoverno das emoções respondem pela ruptura da responsabilidade assumida, levando muitos indivíduos ao naufrágio conjugal e à falência familiar por exclusiva responsabilidade deles mesmos.
               Enquanto houver o sentimento de amor no coração do homem - e ele sempre existirá, por ser manifestação de Deus ínsita na vida - o matrimônio permanecerá, e a família continuara sendo a célula fundamental da sociedade.
              Envidar esforços para a preservação do progresso espiritual, é dever de todos que, unidos, contribuirão para uma vida melhor e uma humanidade mais feliz, na qual o bem será a resposta primeira de todas as aspirações.

                                              BENEDITA FERNANDES.(Divaldo P. Franco.)

                Fonte: O Livro “S. O. S. FAMÍLIA” - Joanna de Angelis e Outros Espíritos - Psicografia de Divaldo P. Franco - 1a. Edição - Livraria Espírita Alvorada Editora - Salvador - Bahia - 1994.


                                                        RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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