“A RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL”
No livro “BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO”, o autor espiritual HUMBERTO DE CAMPOS, através da psicografia do médium FRANCISCO CANDIDO XAVIER, nos relata a seguinte passagem espiritual, histórica, sobre a “A RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL”.
No início do século XVII, Portugal vivia em decadência, sobre o reinado de Felipe III, de Espanha, doente e apático entregou o comando ao Duque de Lerma.
Foi nessa época que Henrique de Sagres, o antigo Helil, procurou Jesus, pedindo-lhe as suas bênçãos misericordiosas para a sua Pátria.
- Mestre, diz ele, peço-lhe o seu auxílio paternal para a terra portuguesa, cujas experiências amargas tocam as provações coletivas. Humilhada e vencida, ela implora através das minhas palavras, a vossa bondosa providência para reerguer-se política e economicamente.
- Helil, - replicou Jesus - a minha piedade não se reveste de excessivas exigências. Enviei-te a Portugal para reerguer as energias, compensando os seus grandes esforços de povo humilde e laborioso. Infelizmente, com suas grandes qualidade de coração, esse povo não soube corresponder as nossas expectativas, provocando eles próprios a situação em que se encontram, devido a embriagues da fortuna e da posse. Depois de ajudarem a Vasco da Gama, a encontra o caminho para as Índias, recebendo os favores da cidade de Calicut, ali regressaram para bombardeá-La, inundando num mar de crueldade e de sangue. No Brasil em que lançamos o fundamento da Pátria do Evangelho, introduzirem o comércio de homens livres, forçando as falanges de Ismael a depender inúmeros esforços para que as ordens Divinas não se subvertessem pelas iniqüidades humanas. Em Lisboa permitiram a entrada da inquisição.
- Helil exclama, -é verdade, Senhor - desde que o primeiro português aprisionou, nas Canárias, alguns pobres africanos, para vende-los como escravo para os brancos europeus, ordenei imediatamente a repatriá-los, deixaram-me o coração amargurado, após o entusiasmo dos descobrimentos, quando eu vos confiava, no Rostelo, as lágrimas do meu reconhecimento e da minha esperança. A grande Pátria que me confiaste, Senhor, muito tem apreendido no caminho das experiências dolorosas. Nas cidades importantes escasseiam-se os espíritos de eleição, após à tarefa do governo, as rações ambiciosas se assenhoreiam em todas as possibilidades econômicas; suas riquezas são pilhadas pela pirataria do século, os impostos esmagam o povo, seus filhos abatidos e humilhados. Apiedai-vos, meu Jesus, de tanta miséria e infinita amargura. Permiti, Senhor, que as forças políticas, afim de cumprirem as suas determinações sábias e justas, na Terra do Evangelho.
O Divino Mestre, - explicou-lhe - estas experiências dolorosas, dotarão Portugal de novos sentimentos, acrisolando nele as concepções de brandura e de fraternidade, afim de corresponderem ao nosso esforço, na edificação da Pátria dos meus ensinamentos.
- Senhor, com o vosso apoio, reorganizaremos buscando para o trono os descendentes de D. Afonso, primeiro Duque de Bragança, que atualmente dêem a maior fortuna portuguesa e em cuja Casa vivem mais de oitenta mil pessoas. Necessitamos de uma larga ação dos agrupamentos espirituais sob a minha direção, associado as falanges de Ismael, intensificando deste modo o pensamento cristão em Portugal,, projetando as mais nobres realizações no Brasil, disseminando entre os colonizadores as lições de fraternidade. Apelaremos ao nossos irmãos reencarnados, que se encontram nas cortes espanholas e nas selvas americanas, para junto levantarmos a bandeira de Ismael, sobre todas as frontes, como sublime legado de vosso coração compassivo e misericordioso.
- Sim, Helil, disse-lhe Jesus, abençoarei os teus planos, para que esta ação espiritual ocorra como idealizas. Não acho que a Casa de Bragança esteja preparada, espiritualmente, para sublime realização, igualmente reconheço que pesadas trevas invadem atualmente todas as atividades políticas da Terra, e tu te esforçarás por ampará-la nos grandes deveres que assumirá, nestes próximos séculos. Inspira-lo-ás, a se organizarem nas combinações com outras nações do mundo, para que a Pátria do Evangelho não sofra novos choques de raças, além dos já sofridos. Sabes que, enquanto os homens não se interagem no conhecimento de minha doutrina de amor e fraternidade, os tratados comerciais estão sempre ligado aos jogos de interesses a equilibrarem as ambições em proveito dos setores da verdadeira evolução espiritual. Auxiliarei os teus empreendimentos, pedirei ao Nosso Pai que guarde-nos sobre o pálio da sua bondade infinita.
Henrique de Sagres organizou suas falanges e, em 1640, Portugal era restaurado, D. João IV, chamado da Vila de Viçosa, que constitui poderoso organismo mediúnico para as revelações de suas verdades.
Consolidou-se a restauração da batalha de Montijo, e a grande nação do ocidente procede no seu trabalho abençoado por Jesus, na formação da Pátria do Cruzeiro.
Orientado espiritualmente, Portugal, assinou alguns tratados comerciais, como o de Methúem, que foi ruinoso para a industria portuguesa, mas colocava o Brasil a salvo de lutas com o poderio da Inglaterra.
Uma grande ação espiritual em conjunta, com as falanges de Ismael e de Helil, buscam o grande coração de Antonio Vieira, que constitui poderoso organismo mediúnico para as revelações de suas verdades.
Vieira, ascende na corte de D. João IV, algum tempo depois, contra a vontade do rei, o grande missionário embarca para o Brasil.
HUMBERTO DE CAMPOS. (Chico Xavier.)
Fonte: Livro “BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO”, - autor espiritual “HUMBERTO DE CAMPOS” - psicografia Francisco C. Xavier, - Editora FEB - Rio de Janeiro, RJ.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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