No livro “BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO”, o autor espiritual HUMBERTO DE CAMPOS, através da psicografia do médium FRANCISCO CANDIDO XAVIER, nos relata a seguinte passagem espiritual, histórica, sobre a “OS MOVIMENTOS NATIVISTAS”.
A procura do ouro incentivava todos os espíritos. O governo espanhol organizou o colégio Mineiro para o Brasil e, desde 1605 a1617, quando a direção da colônia estava dividida entre Salvador e o Rio de Janeiro, D. Francisco de Souza retinha o titulo de Governador intendente de Minas.
Mais tarde os bandeirantes rasgaram a mata virgem e, descobriram os vastos lençóis de infinita riqueza. Havia uma corrente migratória pelos sertões em busca do ouro, porém, encontraram a maioria das vezes, a aflição, a angústia e a morte. O Conselho Ultramarino, em Lisboa, expôs a sua autoridade da coroa de reprimirem os excessos dessas migrações.
Multiplicavam-se as emboscadas e a sede de posse turvava as consciências. Futurosas cidades levantavam-se nas estradas desertas, mas, os seus alicerces estavam embasados no sangue e na morte. Em toda a colônia pairavam a confusão e a desordem. As fabulosas lendas dos tesouros guardados na selva incendiavam todos os ânimos e enfraqueciam o ascendente da lei de todos os espíritos. Os índios amargurados com estas forças contrárias à sua paz, que procuravam as riquezas da terra, e com perseverança e paciência os jesuítas caridosos juntam suas aldeias ao Norte, com doçura fraterna, conquistando o Amazonas.
O Maranhão convulciona-se, sob os ímpetos revulucionários de Manuel Beckman, contra a companhia de comércio, monopolizadora das exportações e importações, e contra os jesuítas, cujo o espírito de fraternidade se interpunha entre os colonizadores e os índios, para manter esses livres. Os revolucionários com o clero, com a nobreza e com o povo, formam uma junta, extinguem o monopólio e banem os protetores dos indígenas. Festejam em todo o Maranhão inclusive com o Te Deum na catedral de são Luiz. Esta notícia deixa apreensiva a corte de Lisboa, que tem conhecimento das pretenções da França, com respeito ao vale do Amazonas, e conhecem a ascendência dos franceses sobre os indígenas. A expedição que restaurara a capitania vem sob o comando de Gomes Freitas de Andrade, estadista notável pelo talento militar e político. A contra revolução no extremo Norte são adotadas sem dificuldades, Gomes Freitas age com magnanimidade para com os revoltosos, porém, não age da mesma maneira com Manuel Beckman, preso e sentenciado a morte. Sua fortuna foi confiscada, mas o grande comandante, generoso, arrematou em haste pública e, entregou para a viúva e os filhos.
Em 1683, a Bahia se conflagra, depois de assassinar o alcaide-mor da colônia, Francisco Teles de Menezes, que excitára as do povo de Salvador. Os derradeiros anos do século XVII, testemunham as atividades na colônia.
A se de do ouro penetra o século XVIII, que ascende intensamente a ambição em todas as cidades. Em 1710, as lutas ocorrem em Pernambuco, queria a sua autonomia, desde os tempos dos holandeses, no qual fizera aquisições no que se refere a sua independência. Lutam os brasileiros de Olinda e os portugueses de recife, devido às rivalidades entre as duas cidades pernambucanas que não se toleravam politicamente. Emboscadas ocasionam cenas de sangue. A luta perdura um ano assinalando com isso a guerra dos mascates. Antes desde o movimento revolucionários os paulistas e os emboabas lutavam na região aurífera dos sertões de Minas Gerais, disputando a posse do ouro.
Nesta época, a França, que não aceitava os portugueses no Brasil, envia Du Clerc, com mil homens, para investir no porto do Rio de Janeiro. A metrópole portuguesa não podia proteger a cidade, e a timidez do Governador Francisco de Castro Morais, permitiu o desembarque das forças francesas, que foram rechaçadas pela população. Alguns franceses foram trucidados. Prenderam mais de quinhentos franceses e o Capitão Du Clerc foi assassinado em trágicas circunstâncias. O governador do Rio nada fez para processar os responsáveis.
Duguay-Trouin com cinco mil combatentes vem à baia de Guanabara. O governado foge com quase toda a população, deixando o rio a mercê do Corsário, protegido de Luiz XIV. Saqueia absorve fortuna particular muitos milhões de cruzados e ainda a cidade paga fabuloso resgate.
Enquanto se desenrola estes crimes na colônia, D. João V governa Portugal, o qual em seu reinado fez o Brasil espalhar pela Europa fabulosos tesouros. Demonstrou total descaso pelas possibilidade econômicas do povo. O ouro e diamantes do Brasil ascendiam às estrelas efêmeras do seu fastígio e de sua glória. A fortuna acumulada pela ambição e pela cobiça, foi espalhada pelas mãos insensatas do rei, imprevidente e incapaz de reinar. O luxo de sua corte, ergue o Convento de Mafra ao preço de cento e vinte milhões de cruzados. Enviou mais duzentos milhões de cruzados para a Arca do Vaticano, doados pelo seu egoísmo desejando abrir as portas do Céu com ouro da Terra.
Em vez de utilizara indústria, a agricultura de sua terra, levanta igreja e mosteiros, enquanto todas as cortes da Europa felicitavam o rei, pela descobertas dos diamantes da sua colônia e se celebravam o Te Deun em Lisboa, pelo acontecimento, no Brasil alastravam-se os movimentos nativistas preparando os sentimentos de liberdade e preparando, assim, sob a inspiração de Ismael e suas falanges devotadas, o futuro glorioso dos seus filhos.
Fonte: Livro “BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO”, - autor espiritual “HUMBERTO DE CAMPOS” - psicografia Francisco C. Xavier, - Editora FEB - Rio de Janeiro, RJ.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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