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sábado, 12 de janeiro de 2019

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA N º. 17. - MÉDIUM E MEDIUNIDADE. - ANEXO N º. 261. - CONVERSAR COM O DESENCARNADO. - MIRAMEZ. (JOÃO NUNEZ MAIA.)

CONVERSAR COM O DESENCARNADO.

A educação deve ser sempre lembrada. Se porventura tens oportunidade de falar com o Espírito desencarnado, procura lembrar, antes de entrares em diálogo, dos bons modos. Eles te levam à amizade com quem desconheces. Se for uma entidade iluminada que vem trazer uma mensagem de paz e amor, que deves conhecer pela presença e pelas palavras, fala pouco para ouvir mais, porque ela conhece as necessidades humanas mais do que quem está passando pelos problemas. Se o comunicante traz as marcas da dor e da revolta, lembra-te de que deves escutar a quem sofre com carinho, de maneira tal que aquele que fala se sinta à vontade e possa ouvir o que tens a dizer, não somente para consolo, mas também como orientação para o bem de quem padece.
A educação de quem ouve abre o direito de falar e de ser ouvido. Não maltrates o sofredor, nem julgues mal os seus feitos. O desabafo muitas vezes ajuda a limpar a consciência. Procura secundar o companheiro com a tua experiência no ambiente do bem, na reforma dos pensamentos e na garantia dos sentimentos elevados, porque o intercâmbio só tem valor onde existe elevação de qualidades espirituais.
Ao conversares com o desencarnado na forma de incorporação, muitos outros estão ouvindo o diálogo, recolhendo também as orientações que lhes servirem e, ainda mais, processa-se uma troca de energias no momento das conversações, energias essas que têm a marca dos sentimentos, na evidência das conquistas.
Pede a Jesus, na hora do intercâmbio com as entidades desencarnadas, para inspirar-te, sem esque-ceres dos benfeitores que te assistem, O resto é a própria natureza que te atende de acordo com tua disposição interna. Confia em Deus que o nosso irmão, que te ouve, sairá confortado e renovado nas suas qualidades, ficando, com isso, mais fácil o nosso trabalho com ele.
A eficácia do encontro depende muito do estado de espírito em que te encontras. Não deves conversar com pressa de terminar, porque a pressa prejudica o ambiente, carregando ou distorcendo os fluidos que a fraternidade enriquece com o amor. Não fales contrariado, nem pensando em atender a outras necessidades. Entrega-te à tua obrigação do momento e faze tudo com bondade e discernimento, que o teu trabalho pode levantar quem está caído.
A palavra tem uma utilidade grandiosa. Porém, não pode cair na dimensão do desentendimento, nem fazer quem ouve perceber que não estamos interessados nas suas desditas. O tom da voz qualifica-nos à disposição interna. Em todo lugar em que somos chamados a servir, devemos usar os nossos dons, confirmados pelo bom senso, confiando em que, quanto mais ofertamos, mais aprendemos a dar. A vida é uma escola divina. Mesmo que estejamos estudando na Terra, ninguém está esquecido de Deus, do invisível protozoário às humanidades espalhadas em todos os mundos habitados, dos átomos aos corpos celestes que circulam na criação. Todos, mas todos, recebemos a cota do nosso merecimento na pauta das nossas elevações espirituais e físicas.
Deus é justiça. O ser humano é dotado da palavra para construir e disseminar o amor. Se fizer o contrário, as sementes frutificarão segundo o que foi plantado, ficando à disposição de quem semeou.
Confirma quem és na conversação com o teu companheiro, seja ele encarnado ou desencarnado. Somos todos imortais nos intermináveis caminhos para Deus e precisamos de todos nessa grande viagem para o infinito. Todos temos nossos valores que a lei não nos deixa esconder. Quem não dá, atrofia o seu próprio celeiro; quem não oferta com amor, esquece-se da felicidade e passa a viver constrangido à procura de algo que não sabe o que é.
Não é preciso ostentar fortunas materiais para doar. Para ser doador comum, os valores são outros. Os bens que mencionamos são aqueles granjeados pelo coração, que podem ser distribuídos pela caridade, diligenciados pela consciência. Tu que nos ouves, escuta bem: o dom da palavra é uma abertura de luz na nossa vida. Desde quando acordas até o momento de voltares ao repouso, ele é usado e deve ser conferido a todos os instantes para não ferir, não agitar, não servir de escândalos, usando a palavra que vem de Deus, que sempre está conosco em silêncio. Se assim acreditamos, eduquemo-la em todas as instâncias e aprimoremo-la em todas as circunstâncias da vida, porque ela é a semente da própria existência. 0 "faça-se a luz e a luz se fez "nos prova a sua divina procedência. Não te esqueças de qualificar a palavra como o dom de ouro e, usando-a, de modo que ela, nos portais dos teus lábios, una as criaturas na grande fraternidade universal, para podermos chamar todos de irmãos e viver com todos como irmãos.
Voltando ao assunto a que nos propusemos abordar, deves falar com o Espírito tomado pelas faculdades de um médium, com a decência que nunca esquece a esperança aos sofredores, a atitude certa para com os teimosos e a entrega total aos benfeitores espirituais, para que o teu aprendizado seja igual aos dos discípulos do Divino Mestre.
           
Livro: “SEGURANÇA MEDIÚNICA”, - MIRAMEZ., - Psicografado por João Nunes Maia, - 12 ª edição, - Editora Fonte Viva, - BELO HORIZONTE, MG, - 1998..

                        RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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