EVANGELHO NO LAR.
PAIS E FILHOS.
PARA CRIANÇAS DE 8 A 80 ANOS.
Do Espírito Meimei. - Psicografado pela médium Miltes Carvalho Bonna.
“Honrar pai e mãe não é apenas respeitá-los, é também ajudá-los na necessidade (...).” (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Cap. 14, Item n º. 3)
Quando a argamassa do tempo trabalha na alma o esforço para boas resoluções, o espírito despertas descobrindo as oportunidades valiosas ao aproveitamento das horas. Nem todos chegam a essa renovação. Muitos preferem alongar-se nos devaneios improdutivos, fazendo da existência terrena apenas uma viagem a mais quando estaciona na improdutividade. Mas, feliz daquele que sai da inércia para os valores reais da vida: consegue fazer da caminhada roteiro de luz e de trabalho, semeando os grãos do amor e da paciência,compreendendo que, para a árvore produzir o bom fruto, é preciso dar-lhe a cobertura desde o germinar da semente.
É o espírito encarnado uma semente da lavoura de Deus. Ele requer de todos, principalmente dos pais, a proteção do exemplo salutar. E das mãos amigas reclama o direcionamento para a busca da prece a fim de que, desde de cedo, se estabeleça nele a confiança em Deus. Do mais simples dos lares, ao mais abastado, o alimento do amor é que concede à alma o equilíbrio para as grandes realizações.
Muitos filhos são para os pais e para a família o protótipo que lhes foi desenhado nas atitudes observadas em cada dia da existência na companhia dos familiares.
Se a cobiça, o ódio, o egoísmo são normas de conduta diária dos pais, o espírito, que já de outras épocas tem arraigadas essas mazelas no seu subconsciente, não encontra apoio para libertar-se delas. Ao contrário, vê como propício ao fortalecimento destas arestas. Um dia elas serão aparadas quando os desenganos e as decepções lhe aclararem a análise.
Quando os pais que nada fizeram para modificar o caráter negativo do filho, fortalecendo assim seus defeitos por uma culposa indiferença, sentirem que são diretamente atingidos por maus tratos, perceberão quanto deixaram de realizar no campo da educação.
Sofrerão, na mesma existência, a decepção de ver a quem foram devotados os melhores anos da vida palmilhando o caminho do sofrimento.
Felizes seremos nós que lutamos para encaminhar desde pequenas as almazinhas para Deus. Por mais difíceis que sejam os nossos testemunho, se estivermos alimentados pela fé que consola e que desperta conseguiremos forças para crescer e enfrentar todos os percalços. A religião nos fortalece os ideais, principalmente quando o estudo estabelece lógica e bom senso para as grandes decisões da vida.
Muitos filhos não entendem ainda o seu posicionamento. Revoltam-se por não encontrarem nos pais as companhias que desejariam para a caminhada na Terra.
Muitos pais, desconhecendo as leis sábias de Deus, acomodam-se sem se esforçarem para entender o porquê da indiferença e até da inaceitação entre elementos da família.
Carregam o imenso fardo, achando-o pesado demais, como se esperassem ardentemente uma libertação.
Ah! Irmãos em Cristo! Quando a consoladora doutrina Espírita conseguir mostrar para o coração sofrido que ninguém sofre sem merecimento, que, na aparente punição, o espírito se liberta de um passado culposo, substituiremos o semblante enrugado e entristecido pela certeza de que nossos débitos serão ressarcidos e dias melhores chegarão.
Se, diante da ingratidão dos filhos, conseguem os pais abençoá-los, para que o despertar da consciência lhes chegue, estarão aprimorando o coraçãopara o exercício do amor que é capaz de perdoar.
Pais, irmãos que angustiam tanto por não verem seus filhos atingirem o ideal que sonharam para eles – entreguem-nos a Deus. Quando se esgotam todas suas possibilidades, e seus esforços foram considerados em vão, confiem e esperem. O tempo faz rolar as pedras até que elas se encontrem um dia também trabalhará em seu favor.
Na decepção do coração materno, sempre existe um raio de esperança, nem que seja para que ele venha a bilhar nos séculos afora.
Ninguém vive distante do olhar magnânimo de Deus-Pai, pode demorar a vitória, mas, um dia, ela chegará, quando a alma cansada dos seus deseganos, abri-se para receber o chamamento.
Aí, então, por mais endurecida que seja, recordar-se-á da voz amiga do pai ou da mãe que, no recôndito do pensamento, estará lhe ensinando a busca de Deus.
Não mais o desespero, não mais as lágrimas ou o ranger de dentes, mas, sim, a dignificação da mensagem: “Honrai a teu pai ea tua mãe para teres uma dilatada vida sobre a terra que o Senhor teu Deus te há de dar”.
Fonte: Livro Evangelho no Lar, - autor espiritual Meimei, - Psicografia de Miltes Carvalho Bonna, - 1ª. edição – editora PETIT, - São Paulo, SP. – Verão de 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário