Benjamin Franklin
1706 - 1790
Ele foi chamado por Mirabeau, o líder
revolucionário francês, como o filósofo que mais fez para estender os direitos
do homem sobre toda a Terra.
Foi impressor e autor, filósofo e homem de
estado, cientista e inventor. Em suma, foi um dos homens mais importantes que o
continente americano produziu. De caráter simples, tinha uma personalidade
agradável e um senso de humor delicioso.
Quando jovem, tinha um físico de atleta,
algo que não podemos verificar pois os retratos conhecidos já o apresentam
quando homem de estado. Seu olhar era sereno, afetuoso, destacando-se seus
grandes olhos cinzentos e uma boca grande, com expressão de bom humor, no rosto
amplo.
Benjamin Franklin nasceu em Bóston, em
1706, como o 15º filho entre 17, de um pobre fabricante de velas. Freqüentou a
escola pouco mais de um ano, pois cedo o pai o pôs a trabalhar. Quase tudo o
que sabia aprendeu à custa de esforço próprio, por si mesmo: ciência, filosofia,
línguas. Falava o latim, francês, alemão, espanhol e italiano.
Aos 12 anos, já era aprendiz na oficina do
irmão, que era impressor. Aos 17, escrevia artigos anonimamente e os colocava,
à noite, por baixo da porta para que fossem publicados pelo irmão. Nesse mesmo
ano, foi a Nova York e começou a trabalhar numa editora. Depois, estabeleceu-se
por conta própria. Fundou um jornal e uma revista.
Aos 42 anos, já conseguira juntar uma
pequena fortuna. A partir daí, dedicou outros 40 anos de sua vida a serviço da
pátria. Foi designado para missões diplomáticas, por duas vezes, na Inglaterra
e uma na França.
Como político, foi o primeiro a pensar nos
Estados Unidos como uma única nação e inventou um sistema de governos estaduais
unidos sob uma única autoridade, 20 anos antes da guerra da Independência
Americana.
Como cientista e inventor, foi o primeiro
a identificar os pólos negativo e positivo da eletricidade. A ele devemos as
palavras e os conceitos de bateria, carga elétrica, condensador e condutor.
Inventou o pára-raios, uma mão mecânica para levantar objetos situados em lugares
altos e o tamborete de cozinha que se transforma em escada.
Aos 78 anos de idade, inventou a bênção
dos óculos bifocais. Como músico, tocava harpa, violão e violino e escreveu
sobre os problemas da composição musical.
Foi o primeiro a estudar os efeitos da
água sobre o casco de um navio durante a navegação, convertendo-se no pai da
hidrodinâmica. Também, foi o primeiro a descobrir que o tecido escuro retém o
calor. Os europeus levaram cem anos para seguir seu conselho e levar roupa
branca para os trópicos.
Organizou a Sociedade Filosófica
Americana, a primeira associação científica dos Estados Unidos. Criou a
primeira corporação de polícia profissional e o primeiro serviço de bombeiros
voluntários. Também deu impulso à Sociedade Abolicionista e, na qualidade de
diretor-geral dos Correios, melhorou o serviço nacional e internacional, com a
Inglaterra.
Foi, possivelmente, o escritor mais
popular no mundo de língua inglesa, com sua Autobiografia, Édito do Rei da
Prússia, Regras pelas quais um grande Império pode se tornar pequeno, O
almanaque do pobre Richard e um livro sobre os fenômenos elétricos, que foi traduzido
para vários idiomas.
Ele pregava a alegria do trabalho e
praticava o que pregava. Tinha um cuidado especial com as descobertas de outros,
insistindo para que a autoria fosse sempre atribuída aos autores corretos. Em
muitas ocasiões, retirava seus trabalhos se outro pesquisador tivesse
descoberto alguma coisa parecida com eles.
Acreditava que podia se melhorar o próprio
caráter se a criatura se impusesse uma disciplina firme. "É uma arte que
tem de ser estudada, como a pintura e a música", dizia.
Quando jovem, fez uma lista das qualidades
dignas de se admirar e se propôs a persegui-las: ia ser moderado no comer,
evitaria a tagarelice, seria sistemático nos negócios, terminaria qualquer
tarefa que começasse, seria sincero, trataria os outros com justiça, suportaria
as injustiças com paciência, evitaria as extravagâncias, não deixaria que as
pequenas coisas o afetassem.
Organizou um pequeno livro para si,
separando uma página para cada virtude, a fim de dedicar uma semana de atenção
a cada uma delas, de forma seqüencial.
Ao desencarnar, no ano de 1790, aos 84
anos, foi encontrado o epitáfio que ele mesmo escrevera, para si, nos dias da
mocidade: "O corpo de Benjamin Franklin, impressor, como a capa de um
livro velho ao qual tivessem arrancado as páginas e tirado as letras e o ouro,
jaz aqui, comida para os vermes. Mas o trabalho não terá sido totalmente
perdido; porque, segundo ele crê, aparecerá mais uma vez, numa edição nova e
mais perfeita, corrigida e aumentada por seu Autor."
Para ele, dois anos antes, escrevera
George Washington: "Se os desejos unidos de um povo livre, apoiado pelas
preces fervorosas de todos os amigos da ciência e da humanidade, pudessem
aliviar o corpo das dores e enfermidades, logo ficaria bom. Se ser venerado por
sua benevolência, admirado por seu talento, estimado por seu patriotismo, amado
por sua filantropia puder satisfazer a mente humana, terá o agradável consolo
de saber que não viveu em vão.
O senhor será recordado com respeito, veneração e afeto por
este seu sincero amigo e mais obediente e seguro servidor."
Benjamin Franklin, entre outros espíritos,
assina "Prolegômenos" em "O Livro dos Espíritos",
demonstrando fazer parte daqueles que se fizeram presentes ao trabalho
extraordinário da Codificação da Doutrina Espírita.
Fonte: GRANDES GIGANTES DA DOUTRINA
ESPÍRITA. – INTERNET.
RHEDAM.
(mzgcar@gmail.com)
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