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quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

- ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS. - SEGUNDA PARTE. - CAPÍTULO XVII. - DA FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS. - DESENVOLVIMENTO DA MEDIUNIDADE - ITEM N º. 211. - ALLAN KARDEC.

      O LIVRO DOS MÉDIUNS.

                   SEGUNDA PARTE.

              CAPÍTULO XVII.

 DA FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS.

  DESENVOLVIMENTO DA MEDIUNIDADE

211. O escolho com que topa a maioria dos médiuns principiantes é o de terem de haver-se com Espíritos inferiores e devem dar-se por felizes quando são apenas Espíritos levianos.
Toda atenção precisam pôr em que tais Espíritos não assumam predomínio, porquanto, em acontecendo isso, nem sempre lhes será fácil desembaraçar-se deles. É ponto este de tal modo capital, sobretudo em começo, que, não sendo tomadas as precauções necessárias, podem perder-se os frutos das mais belas faculdades.
A primeira condição é colocar-se o médium, com fé sincera, sob a proteção de Deus e solicitar a assistência do seu anjo de guarda, que é sempre bom, ao passo que os espíritos familiares, por simpatizarem com as suas boas ou más qualidades, podem ser levianos ou mesmo maus.
A segunda condição é aplicar-se, com meticuloso cuidado, a reconhecer, por todos os indícios que a experiência faculta, de que natureza são os primeiros Espíritos que se comunicam e dos quais manda a prudência sempre se desconfie.
Se forem suspeitos esses indícios, dirigir fervoroso apelo ao seu anjo de guarda e repelir, com todas as forças, o mau Espírito, provando-lhe que não conseguirá enganar, a fim de que ele desanime. Por isso é que indispensável se faz o estudo prévio da teoria, para todo aquele que queira evitar os inconvenientes peculiares à experiência. A este respeito, instruções muito desenvolvidas se encontram nos capítulos Da obsessão Da identidade dos Espíritos. Limitar- nos-emos aqui a dizer que, além da linguagem, podem considerar-se provas infalíveis da inferioridade dos Espíritos: todos os sinais, figuras, emblemas inúteis, ou pueris; toda escrita extravagante, irregular, intencionalmente torturada, de exageradas dimensões, apresentando formas ridículas e desusadas. A escrita pode ser muito má, mesmo pouco legível, sem que isso tenha o que quer que seja de insólito, porquanto é mais questão do médium que do Espírito.
Temos visto médiuns de tal maneira enganados, que medem a superioridade dos Espíritos pelas dimensões das letras e que ligam grande importância às letras bem talhadas, como se foram letras de imprensa, puerilidade evidentemente incompatível com uma superioridade real.

                        Fonte, Livro dos Médiuns, Allan Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, do Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.                     

                                   RHEDAM.(mzgcar@gmail.com)

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