CLAUDINO DIAS.
1860 – 1935
Nasceu em Coimbra, Portugal, no dia 05 de novembro de 1860.
No século passado, era um verdadeiro arrojo as pessoas se declararem
espíritas, principalmente nas cidades do interior, onde prevalecia a
intolerância religiosa.
Na cidade de Barra do Piraí, um cidadão português de nome Claudino Dias
professava o protestantismo com grande dedicação. Entretanto, ao ouvir
freqüentemente os pastores de sua igreja atacarem o Espiritismo, uma idéia nova
que havia surgido na cidade, ele interessou-se pelo estudo dessa doutrina,
animado do propósito de também combater essa religião que os seus pastores
apregoavam ser herética.
Após alguns estudos, notou, no entanto, que os ensinamentos do
Espiritismo preenchiam a ânsia de conhecimento do seu espírito e satisfaziam
velhas indagações que pululavam em seu intelecto. Desta forma, em vez de se
tornar um detrator do Espiritismo, abraçou-o com convicção, aliando-se a Manoel
Chaves, um dos poucos espíritas existentes na cidade, estabelecendo, assim, um
sistema de estudo sistemático das obras que constituíam a base da Doutrina dos
Espíritos. Em 1886, Claudino Dias já era um espírita dos mais convictos.
Junto com outros companheiros, fundou, na cidade de Barra do Piraí, o
Grupo Espírita São João, que posteriormente passou a ser Grêmio Espírita de
Beneficência.
Dessa Instituição surgiram os primeiros focos de divulgação do
Espiritismo, os quais, graças ao dinamismo e operosidade de Claudino Dias, logo
se propalaram a outras cidades da vizinhança.
Em 1906, na sede da Casa Espírita, foi fundado o Colégio Ismael,
destinado aos filhos dos associados e à criança carente. Em 1908 foi inaugurado
o Albergue São João Batista, uma das primeiras instituições espíritas desse
gênero, no Brasil.
Por ocasião da gripe espanhola de 1918, que causou inúmeras vítimas, as
instalações do Grêmio foram cedidas para o atendimento dos pacientes acometidos
por aquela enfermidade.
Em 1920 surgiu o Asilo Santo Agostinho e em 1927 o Hospital de Pronto
Socorro, o qual, posteriormente, foi cedido para a Prefeitura da cidade.
Claudino Dias tornou-se, de direito e de fato, um dos mais autênticos
desbravadores espíritas da região. Seu nome tornou-se fonte de referência para
todos que quisessem falar sobre os seareiros espíritas. Jamais esmoreceu diante
das dificuldades, levantando bem alto a bandeira do Espiritismo, fazendo com
que a Doutrina se tornasse admirada por todos e que a obra espírita se
destacasse como expressão do que pode ser feito onde existe o idealismo e a
firme disposição para o trabalho.
Claudino Dias desencarnou em Barra do Piraí – RJ, em 31 de dezembro de
1935.
Fonte: GRANDES GIGANTES DA DOTRINA ESPÍRITA. – INTERNET.
Rhedam. (mzgcar@gmail.com)
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