O LEPROSO.
Dizia
o pobre leproso:
Senhor!
Não tenho mais vida.
Sou
uma pútrida ferida
Sobre
o mundo desditoso!
Mas
o anjo da esperança
Responde-lhe
com brandura:
–
Meu filho, espera a ventura
Com
fé, com perseverança.
Se
teu corpo é lama e pus
Em
meio dos sofrimentos,
Tua
alma é réstia de luz
Dos
eternos firmamentos.
João de Deus
NASCIDO em São Bartolomeu de Messines, Portugal, em 1830,
e desencarnado em 1896, afirmou-se um dos maiores líricos da língua portuguesa.
É tão bem conhecido no Brasil quanto em seu belo país. Nestas poesias palpita,
de modo inconfundível, a suavidade e o ritmo da sua lira.
Fonte: PARNASO DE ALÉM - TÚMULO -
AUTORES DIVERSOS. - Chico Xavier- Editora FEB. Rio de Janeiro RJ - 1935.
Nenhum comentário:
Postar um comentário