“O QUE O NAR-ANON FEZ POR
MIM!”
“Para escapar de ver o que fizemos de
errado ao outro, cheios de ressentimentos focamos o que o outro nos fez de
errado”.
(Doze
Passos e Doze Tradições do NAR-ANON.)
Nascido
num lar com princípios éticos, morais, sociais e religiosos, que formam o
caráter de membros de uma sociedade moderna, sempre procuramos cumprir os
compromissos e obrigações acordados dentro da honestidade e da justiça.
Mas,
a vida nos ofereceu oportunidades impar de aprendizados e experiências para a
nossa evolução como homem. Por onde andamos caminhamos pautado nos ensinamentos
do berço familiar, seguimos o nosso caminho com passos certos e muitas vezes
com alguns passos em falso, erramos, mas, nunca ferimos a integridade física e
moral de quem quer que seja, sempre fomos os únicos prejudicados pelas nossas
decisões irracionais e inconscientes.
Nos
foi ensinado a diferença entre o bem e o mal, entre o bom e o ruim. Com esses
princípios gravados no consciente, levamos a nossa vida.
A
partir dessas convenções criadas pela sociologia, aplicamos em nossas vidas, e
conscientemente, julgávamos atitudes de outras pessoas contrária aos nossos
princípios, como maldade, crime, muitas vezes contra si mesmo. Àqueles que
dentro do conhecimento que tínhamos, agiam para melhorar a evolução humana
principalmente a sua, dizíamos, esse é bom.
Aqueles
que diferenciavam-se com seu defeitos de caráter, da grande maioria da
sociedade, cometendo crimes, muitos contra inocentes cidadãos, destruindo
famílias, com vícios de todos os tipos, derrogando as leis de Deus e dos
homens, usufruindo benefícios próprios com certa facilidade (criminosas),
tachávamos como marginais, pois viviam a margens das Leis, dos costumes e da
regular realidade vivida por aqueles que diante dos nosso olhos se mostravam
éticos, justos e honrados.
O
que fazíamos, vestíamos a Toga de juízes, perfeitos, corajosos, honrados e
declarávamos a nossa sentença para todos àqueles que viviam desse modo, na
nossa concepção eles eram desajustados, marginais, criminosos, deveriam ser
excluídos do convívio social.
Porque
agíamos assim?
Porque
desconhecíamos essa situação desagradável, doentia, que muitas famílias viviam,
nós não vivíamos esta realidade. Dentro do nosso egoísmo, do nosso orgulho, da
nossa vaidade, criamos uma aura de imunidade, pensávamos, isso jamais
acontecerá com nenhum dos nossos familiares.
Com
experiência de vida, desde a infância trabalhei muito para conseguir suprir as
minhas necessidades. Encontrei uma companheira, com a qual formamos uma
família. Vieram os filhos, dois meninos e duas meninas. Um devolvemos para
Deus.
Com
muito esforço do casal, criamos os filhos, dando-lhes o necessários e algum
supérfluo quando possível. Transmitimos à todos eles igualmente os princípios
ético-morais que recebemos dos nossos pais, educando-os, com as virtudes e
responsabilidades do trabalho, do respeito, da honestidade.
Mas,
na época em que vivemos, há uma confusão entre educação e informação, Educação é a evolução do caráter através
de princípios psíquico, filosófico, social. Instrução é o desenvolvimento
mental da pessoa através de um aprendizado escolar, qualificando-a com aptidão
e capacidade para se desenvolver em uma área específica.
Encontraremos
seres educados com um baixo nível de escolaridade, e outros com um
desenvolvimento invejável em suas áreas específicas, porém, com baixíssimo
nível de educação ética e moral.
Nos
dias de hoje, há uma corrente de néscios pensadores, irresponsáveis, que tentam
desvirtuar a população com o argumento de uma normalidade geral, para os novos
costumes praticados, antes eram reprovados pela sociedade habituada a viver uma
vida regrada. Esses mesmos intelectuais dizem que todos podem agir livremente,
na época do tudo pode.
Não
somos hipócritas, sabemos que os desvios de caráter sempre existiram em todos
os segmentos da sociedade, que eram acobertados por influências sociais,
políticas, religiosas e econômicas. Mas a grande maioria sabia que a
responsabilidade de atos, defeitos e vícios do caráter prejudicaria muito os
membros de uma família.
Porque a família, foi, é e será a primeira
escola. Um autor desconhecido disse-nos: "Saibam que, quando os pais são inseguros, transmitem os seus
medos à seus filhos. Tentam evitar que eles sofram o que temem, mergulham na
super proteção. Com isso impedem seu desenvolvimento, tolham seu
amadurecimento, tornando-os incapazes e fracos".
Os pais são os espelhos dos filhos em todas
as circunstâncias. Somos responsáveis pelo desenvolvimento educacional,
familiar, intelectual, religioso, social, e profissional dos nossos
descendentes. Dentro do desenvolvimento normal, conforme a idade cronológica da
existência, esperando o tempo e a idade certa para ensiná-los. Porém, não somos responsáveis pelos seus
desvios de caráter por qualquer que sejam as causas.
Quando
temos filhos incapacitados por doenças de nascença ou adquiridas, temos o dever
de socorrê-los e auxiliá-los em sua existência, oferecendo oportunidades que
possam, eles mesmos, se desenvolverem dentro das suas capacidades inatas.
Mas,
nunca devemos nos sentir culpados por atos por eles praticados que fugiram das
nossas orientações éticas e morais mesmo que tenhamos exemplificado errado,
distorcendo os ensinamentos verbais que proferimos. A teoria e prática se
completam. Quando na prática distorcemos o que ensinamos, confundimos à aqueles
a quem nos dirigimos e com isso damos-lhes oportunidades para fazer o que fazemos.
Muitas
dessas informações educativas, são consideradas ultrapassadas, a moda é outra.
Os filhos não podem ser repreendidos, ou levar umas palmadas na bunda por
prejudica o desenvolvimento da criança, responsabilidades só podem assumir após
os dezesseis anos, a criança têm que brincar. Na escola que é a extensão do lar
as professores nem sequer podem exigir respeito, que os expertes em educação e
pedagogia, levam os professores às autoridades competentes.
As
leis não permitem cobrar os resultados da instrução oferecida na sala de aula.
È impossível para um professor ajudar na formação do caráter de uma criança ou
jovem, pois, as regras a serem cumpridas estimulam a preguiça, a incompetência,
o desrespeito dos alunos, desmoralizando os professores, os auxiliares direto
dos pais. Esses, por sua vez acabam perdendo a motivação do seu trabalho de
educar e instruir os homens do amanhã.
Desatentos
das influências inferiores e negativas do mundo, que gratuitamente adentram as
nossas casas, influenciando a liberalidade dos costumes, está é a máscara que
vestimos com o nome de liberdade. Somos livres para agirmos conforme os nossos
desejos, porém com responsabilidade. Essa liberdade tem limites para nós, que
vai até a onde começa os nossos deveres e obrigações para com os outros seres
humanos e com a sociedade.
Hoje,
pais e professores se debatem com suas técnicas e experiências numa luta
inglória, pois, a mídia oferece cigarro como símbolo de desportista, bebida com
símbolo de diversão, alegria e status, sensualidade com símbolo de beleza,
prostituindo meninas muito jovens com o adágio do amor (sexo) livre, remédios
são oferecidos por pessoas influentes que brincam de faz de conta com a nossa
saúde, para uso em tratamentos sem recomendação especializada, esquecendo a
ética e o respeito ao profissional qualificado (os médicos), que conhece os
seus efeitos colaterais, muitos causam dependência química, principalmente os
recomendados para emagrecimento.
Nas
diversões familiares, assistimos filmes brutais, violentos, que instigam a
coragem dos jovens e pessoas de mente fraca a demonstrarem suas valentia diante
de crianças e idosos indefesos, covardemente, através de agressões insanas, as
vezes para com os próprios familiares, que receosos se inibem, permitindo assim
o afloramento de um marginal, que pode perder-se em vícios, assaltos, roubos,
morte, em corridas de automóveis desenfreadas em lugares públicos, colocando em
risco a sua e a vida de outros, ferindo e matando pessoas.
Outros
filmes mostram o dia-a-dia no suicido programado por eles mesmos, através do
uso de substâncias prejudiciais ao seu organismo (drogas e bebidas). No final
de duas horas de diversão cinematográficas, ou teatrais, dirigidas por mentes
doentias, que enriquecem os seus bolsos através desses ensinamentos gratuitos,
ludibriando dessa forma os pais e a sociedade com um divertimento. E nós
aplaudimos consentido que assistam e até estimulando, sugerindo algum filme que
tenha nos impressionado.
Nos
desenhos infantis, para os meninos, não existe mais a pureza e ingenuidade dos
personagem, ou de animais, agora os heróis infantis defendem-se ou salvam as
pessoas agredindo e matando os contendores.
Nos
desenhos para as meninas aprimoram-se os trejeitos sensuais, os mesmos das
musas inspiradoras, artistas, modelos, as musicas não falam em poemas líricos,
de romance e da beleza natural da vida, é só droga, palavrão, sexo e violência.
A adolescência não conhece Machado de Assis, Olavo Bilac, José de Alencar, mas
conhecem todos os atores de filmes e
novelas das televisões, que vendem fantasias, de roupas, utensílios e costumes
pessoais, irreais, para mentes envolvidas em sentimentos, excluindo da sua vida
o uso da razão, para avaliarem o que lhes é de melhor.
Se
perguntarem quem foi Tiradentes, vamos ouvir, foi um Dentista trouxa que se
enforcou, por um ideal.. Assim por diante.
O
pior é que os pais de boa vontade e os professores dedicados são os excluídos
da vida moderna, pois são taxados de intransigentes, irresponsáveis, tolos, são
os culpados, pois, seus métodos estão ultrapassados. Pagam por constrangimentos
desnecessários diante das atitudes dos nossos filhos, muitas vezes avalizadas
por nós. Estamos semeando a deteriorização moral dos nossos familiares.
Os
Pais precisam trabalhar doze horas por dia para sustentar os filhos, para
cumprirem os compromissos assumidos diante do “P.S.”, para educá-los e instruí-los. Os professores com o mesmo
problema na sua família são tachados de incompetentes, incapazes, preguiçosos.
Isto ocorre em todos os níveis da sociedade, desde o mais pobre, onde
encontramos a carapaça de se fazerem de vítima, no abonado a vestimenta da
máscara da impunidade e do poder das autoridades para com eles.
SOU
UM NAR-ANON EM RECUPERAÇÃO
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