O LIVRO DOS MÉDIUNS.
CAPÍTULO XIV.
DOS
MÉDIUNS
MÉDIUNS CURADORES
175.
Unicamente para não deixar
de mencioná-la, falaremos aqui desta espécie de médiuns, porquanto o assunto exigiria
desenvolvimento excessivo para os limites em que precisamos ater-nos. Sabemos,
ao demais, que um de nossos amigos, médico, se propõe a tratá-lo em obra
especial sobre a medicina intuitiva. Diremos apenas que este gênero de
mediunidade consiste, principalmente, no dom que possuem certas pessoas de
curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de
qualquer medicação. Dir-se-á, sem dúvida, que isso mais não é do que
magnetismo. Evidentemente, o fluido magnético desempenha aí importante papel;
porém, quem examina cuidadosamente o fenômeno sem dificuldade reconhece que há
mais alguma coisa. A magnetização ordinária é um verdadeiro tratamento seguido,
regular e metódico; no caso que apreciamos, as coisas se passam de modo
inteiramente diverso. Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar,
desde que saibam conduzir-se convenientemente, ao passo que nos médiuns
curadores a faculdade é espontânea e alguns até a possuem sem jamais terem
ouvido falar de magnetismo. A intervenção de uma potência oculta, que é o que
constitui a mediunidade, se faz manifesta, em certas circunstâncias, sobretudo
se considerarmos que a maioria das pessoas que podem, com razão, ser qualificadas
de médiuns curadores recorre à prece, que é uma verdadeira evocação. (Veja-se
atrás o no 131.)
Fonte, “Livro dos Médiuns“, Allan Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, do
Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.
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