CHICO XAVIER POR ELE
MESMO.
UMA
VIDA COM AMOR X.
UBIRATAN
MACHADO.
A CAPACIDADE DE PSICOGRAFAR III.
“(...) Aos poucos,
Chico Xavier foi aperfeiçoando sua capacidade de psicografar. Numa reunião
realizada em Janeiro de 1929, no Centro Luiz Gonzaga, dona Carmem Perácio teve
ums visão simbólica da futura missão, como dizem os espíritas. De Chico.
“Afirmou nossa irmã que vira muitos livros em torno de mim,
trazidos por amigos desencarnados. Eu não tinha qualquer penssamento a respeito
do assunto...”
As mensagens psicográficas, porém, se multiplicavam. Em
todas elas pregava-se o amor, a compreensão e a tolerância entre os
homens. Chico sentiu-se então num
dilema. Por que não divulgá-las? Mas publicá-las com o nome de quem? O médium sentia
escrúpulos. Afinal, não se tratava de obras suas.
Em conversa com o irmão José Cândido, e alguns amigos em
Pedro Leopoldo, estes mostraram se favoráveis à publicação. Mas, para dissipar
as dúvidas, resolveram escrever para o Aurora, um jornal espírita do Rio de
Janeiro, expondo o problema.Assinar ou não assinar? Inácio Bitencourt, diretor
as publicação, respondeu que não via nenhum inconveniente em publicar aquelas
páginas com o nome do médium. Ninguém poderia afirmai se eram ou não de Chico.
Foi a partir daí que o nome F. Xavier, (como Chico assinava)
começou a figurar em várias publicações, assinando sobre tudo poesia. Seus
trabalhos apareceram no Jornal das Moças, e no Suplemento Literário de O
Jornal, ambos do Rio de Janeiro, e no Almanaque de Lembranças Luso- Brasileiro,
editado em Lisboa, na edição de 1931. Eu estava em oração, certa noite, quando
se aproximou de mim o Espírito de uma jovem, irradiando intensa luz. Pediu
papel e lápis, e escreveu o soneto a que me referi. Ela chorava tanto ao
escrevê-lo, que eu também comecei a chorar de emoção, sem saber naquele
momento, se meus olhos eram os dela ou se os olhos dela eram os meus.
Mais tarde, através do Espírito de Emmanuel, Chico soube que
se tratava do Espírito de Auta de Souza.
O soneto com a assinatura de Chico, foi enviado a Portugal
por José Cândido. Meses depois, o médium recebeu uma carta altamente elogiosa
de um dos colaboradores do Almanaque.
“Recebi elogios por
um trabalho que não me pertencia”.
A esta altura, a
mediunidade de Chico já fluía com a desenvoltura, o frescor e a limpidez da
água de um riacho brotando da terra. Não mais sentia aquela pressão alucinada
na cabeça e nem o enrijecimento doloroso do braço. Aprendera a se entregar, a
não criar resistências.
“Estou habituado a ser o instrumento passivo da vontade
espiritual. Já não me canso e, depois de receber as mensagens, continuo no
mesmo estado físico e psicológico em que me achava antes.
***
Fonte: - “CHICO XAVIER Por Ele
Mesmo. – Autores Diversos, - 1 ª. edição, - Editora Martin Claret Ltda, - São
Paulo, SP, - Outubro de 1994.
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