Quanta
vez, neste mundo, em rumo escuro e incerto,
O
homem vive a tatear na treva em que se cria!
Em
torno, tudo é vão, sobre a estrada sombria,
No
pavor de esperar a angústia que vem perto!...
Entre
as vascas da morte, o peito exangue e aberto,
Desgraçado
viajor rebelado ao seu guia,
Desespera,
soluça, anseia e balbucia
A
suprema oração da dor do seu deserto.
Nessa
grande amargura, a alma pobre, entre escombros,
Sente
o Mestre do Amor que lhe mostra nos ombros
A
grandeza da cruz que ilumina e socorre;
Do
mundo é a escuridão, que sepulta a quimera...
E
no escuro bulcão só Jesus persevera,
Como
a luz imortal do amor que nunca morre.
ALBERTO DE OLIVEIRA.
Fonte: PARNASO DE ALÉM - TÚMULO -
CÁRMEN CINIRA - Chico Xavier- Editora FEB. Rio de Janeiro RJ - 1935.
RHEDAM.
(mzgcar@gmail.com)
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