Reunião
pública de 9/9/1960. Questão nº 244
A quem diga que o Espiritismo cria obsessões na atualidade do
mundo, respondamos com os próprios Evangelhos.
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Nos versículos 33 a 35, do capitulo 4, no Evangelho de Lucas,
assinalamos o homem que se achava no santuário, possuído por um Espírito
infeliz, a gritar para Jesus, tão logo lhe marcou a presença: “que temos nós
contigo?” E o Mestre, após Repreendê-lo, conseguiu retirá-lo, restaurando o
equilíbrio do companheiro que lhe sofria o assédio. Temos aí a obsessão direta.
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Nos versículos 2 a 13, do capitulo 5, no Evangelho de Marcos,
encontramos o auxilio seguro prestado pelo Cristo ao pobre gadareno, tão
intimamente manobrado por entidades cruéis, e que mais se assemelhava a um
animal feroz, refugiado nos sepulcros.
Temos aí a obsessão, seguida de possessão e vampirismo.
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Nos versículos 32 e 33, do capitulo 9, no Evangelho de Mateus,
lemos a noticia de que o povo trouxe ao Divino Benfeitor um homem mudo, sob o
controle de um Espírito em profunda perturbação, e, afastado o hóspede estranho
pela bondade do Senhor, o enfermo foi imediatamente reconduzido à fala.
Temos aí a obsessão complexa, atingindo alma e corpo.
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No versículo 2, do capitulo 13, no Evangelho de João, anotamos a
palavra positiva do apóstolo, asseverando que um Espírito perverso havia
colocado no sentimento de Judas a ideia de negação do apostolado.
Temos aí a obsessão indireta, em que a vitima padece influência aviltante,
sem perder a própria responsabilidade.
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Nos versículos 5 a 7, do capítulo 8, nos Atos dos Apóstolos,
informamo-nos de que Filipe, transmitindo a mensagem do Cristo, entre os
samaritanos, conseguiu que muitos coxos e paralíticos se curassem, de pronto,
com o simples afastamento dos Espíritos inferiores que os molestavam. Temos aí
a obsessão coletiva, gerando moléstias fantasmas.
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E, de ponta a ponta, vemos que o Novo Testamento trata o problema
da obsessão com o mesmo interesse humanitário da Doutrina Espírita.
Não nos detenhamos, diante dos críticos contumazes. Estendamos o
serviço de socorro aos processos obsessivos de qualquer procedência, porque os
princípios de Allan Kardec revivem os ensinamentos de Jesus, na antiga batalha
da luz contra a sombra e do bem contra o mal.
Livro: “SEARA DOS MÉDIUNS”, - Emmanuel, - Psicografado
por Francisco Cândido Xavier, - 12 ª edição, - Editora F E B, - Rio de Janeiro,
RJ, - Abril de 2000.
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