OS ANIMAIS A LUZ DO ESPIRITISMO.
A
ALMA IMORTAL DOS ANIMAIS;
EXISTEM ANIMAIS NO MUNDO ESPIRITUAL?
Em
1864, um casal francês perdeu cedo seu filho mais velho. Restava em casa uma
jovem menina e uma linda cadela galga, que havia sido do rapaz. A pequena Mika,
muito bem educada, tinha o hábito de dormir aos pés de seu dono. No inverno,
quando o frio era intenso, costuma grunhir. Era sinal que pedia autorização
para deitar-se em meio as cobertas, ao lado de seu senhor. Um hábito agradável
para velho espírita Frances.
Em
setembro daquele ano, a cadelinha adormeceu e morreu. Nada Pôde fazer o médico
veterinário. Toda família lamentou muito. A inteligência, afeição e suavidade
do animal fizeram com que todos sentissem como a perda de um filho. Volta e
meia o assunto e a saudade voltavam.
Alguns
meses depois aconteceu o inesperado:
-
Ultimamente – contou o senhor – pelo meio da noite, estando deitado mas sem
dormir, ouvia partir dos pés de meu leito aquele pequeno grunhido da pequena
cadela. Estendi o braço para chamá-la, mas em vão.
De
manha, comentou com a esposa, que do mesmo modo ouviu, não uma, mas duas vezes.
Sua filha pequena escutou também.
-
Confesso que sou meio surdo e não escuto os sons da rua, nem mesmo os trovões!
Mas um som dentro do quarto é inequívoco.
Essa
história foi relatada por Allan Kardec na Revista Espírita de 1865. Nesse mesmo
artigo, um Espírito afirma ao codificador que eles “não se enganaram ouvindo um
grito alegre do animal reconhecido pelos cuidados de seu dono, vindo, antes de
passar ao estado intermediário de um desenvolvimento a outro, lhe trazer uma lembrança”.
E explicou ainda: “A manifestação pode dar-se, mas é passageira, porque o
animal, para subir um degrau, necessita de um trabalho latente”, que faz no
mundo espiritual.
Sobre
o assunto, Alan Kardec citou outros casos análogos e conclui afirmando: “Não é
pelos sistemas que se poderá resolver esta grave questão: é pelos fatos. Se
deve sê-lo um dia, o Espiritismo, criando a psicologia experimental, é o único
que lhe poderá fornecer os meios”.
Depois
da morte, o animal pode permanecer com seu corpo espiritual no mundo dos
espíritos. Mas esses casos são exceções. A maioria é logo reaproveitada em
novos renascimentos e, enquanto aguardam, permanecem como crisálidas no plano
espiritual. Os Espíritos, no entanto, sempre relataram a presença de animais na
espiritualidade para tarefas específicas. Uma delas é a condução de
trabalhadores em ambientes mais denso, onde são utilizadas mulas e cavalos.
Outra possibilidade é a presença de cachorros, gatos e pássaros de estimação
para auxiliar na recuperação de espíritos recém-desencarnados. Todavia, são
sempre animais sociais. Não haveria razão de ser para a presença de bichos
ferozes ou simplesmente vagando sem cuidado no mudo espiritual.
Fonte:
Revista “UNIVERSO ESPÍRITA” – No. 23. – Editora Universo Espírita. – São Paulo,
SP.
RHEDAM.
(mzgcar@gmail.com)
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