Epes
Sargent
1813 - 1880
Epes Sargent
nasceu no estado americano de Massachusetts. Sua vida apresenta muitos pontos
de semelhança com a de Allan Kardec, nascido nove anos antes. Ambos produziram
excelentes livros didáticos; defenderam com heróica bravura, até o fim de suas
vidas, o Espiritismo nascente; diminuíram todas as atividades da vida para tratarem
principalmente do novo ideal; foram casados e não tiveram filhos; escreviam com
muita clareza, ao alcance de todas as pessoas; dominavam línguas de importância
mundial e foram contemporâneos. Estes e outros pormenores revelam que
desempenharam o papel de missionários da mesma obra de transformação do mundo
materialista em mundo espiritualista, e deixaram livros que cumpre reimprimir
sempre até que realizem seu glorioso destino: a conversão da humanidade.
Epes destacou-se
como fecundo escritor, sobressaindo-se com marca de genialidade nos inúmeros
jornais em que trabalhou, oferecendo ao público milhares de artigos, cujos temas
de tão variados, fizeram longas incursões pelos caminhos da filosofia, da moral
e da ciência com talentosa fertilidade. Escreveu narrativas, comédias,
tragédias, dramas, e obras primas da poesia tais como Canções do Mar e outros
poemas que arrancou elogios dos mais famosos críticos literários americanos. No
plano educacional, ele contribuiu sobremaneira, escrevendo obras didáticas para
estudante e até para professores, o que lhe conferiu o título de educador
emérito, sendo o seu nome citado nos mais longínquos rincões da América. Não havia
escola nos Estados Unidos onde o seu nome não figurasse como autor a ser lido e
comentado, contribuindo assim para a formação intelectual e o enriquecimento
moral da juventude de seu país. Homem de conhecimentos diversificados, dotado
de polivalência cultural, não lhe faltavam pedidos para a composição de versos
apropriados para ocasiões especiais, principalmente para representações
teatrais. De 1852 a
1856 editou em numerosos livros as vidas e produções de célebres poetas
ingleses entre eles Thomas Hood, Rogers, Collins, Thomas Campbell, Thomas Gray
e Goldsmith, além de traduzir para o seu idioma importantes obras literárias.
Nos últimos 30
anos de sua existência, Sargent veio a interessar-se pelo Espiritismo, estudando-o
contínua e profundamente, dedicando muito de suas energias em procurar absorver
toda a sabedoria que esta doutrina encerra. Cético a princípio, assistiu a
inúmeras experiências e realizando-as igualmente por conta própria, não demorou
a convencer-se da veracidade dos fenômenos observados, passando a defender a
nova realidade que lhe transformara o intelecto dotando-o agora de uma aura
brilhante, fruto do seu entusiasmo e vontade firme. Pensador profundo, espírito
indagador e emancipado de preconceitos científicos ou religiosos é soube extrair
de fatos a que observou, uma bela e grandiosa filosofia espírita da vida universal
e dos destinos do homem, em
particular. Sua inteligência e sua pena materializando belas
páginas sobre a consistência do Espiritismo invadiram os maiores periódicos americanos.
Em contínua
comunicação com líderes espiritistas de sua pátria e de toda Europa, Epes
Sargent mantinha-se informado da evolução teórica do Espiritismo, bem como das
pesquisas que homens sérios efetuavam iniciando o soterramento da velha era do
materialismo. Em plena atividade literária, Epes contraiu uma afecção pulmonar
da qual nunca mais se recuperaria. Nos últimos dois anos de sua via, seu estado
orgânico debilitou-se com o surgimento de um câncer na boca, que lhe impedia a
manifestação oral sem contudo neutralizar-lhe as atividades intelectuais
concentradas na elaboração da fase final do seu último trabalho: Bases
Científicas do Espiritismo. Em 1880
a doença lhe absorveu as últimas reservas de forças vitais.
Estava concluída a grandiosa obra da sua vida que jamais seria esquecida.
Fonte: OS GRANDES GIGANTES DA DOUTRINA ESPÍRITA. –
INTERNET.
RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)
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