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quinta-feira, 10 de março de 2016

- POEMAS ESPÍRITAS. - PARNASO DE ALÉM TÚMULO. - O SINAL. CARMEM CINIRA. (CHICO XAVIER.)



                                      O SINAL.

Quando chegamos do País do Gozo,
Nossa alma sem repouso
Traz o sinal das trevas do pecado.

Nossa alegria é um riso envenenado.
A palavra disfarça o coração
E a nossa dor é desesperação.

Tudo é sombra. A verdade não tem voz.
Muita vez, tudo é queda dentro em nós.

Mas os que vêm do Mundo dos Deveres
Guardam a luz de místicos prazeres.
Não têm palmas da Terra impenitente...
Como tudo, porém, é diferente!...

Sua alegria é um fruto adocicado,
Sua palavra é um livro iluminado,
Sua dor alivia as outras dores.

Trazem o amor de todos os amores,
Revelando na vida transitória
O sinal do Calvário aberto em glória!

                                                                                                          CÁRMEN CINIRA.

            Nome literário de Cinira do Carmo Bordini Cardoso: nasceu no Rio de Janeiro, em 1902, e faleceu em 30 de agosto de 1933. Sua espontaneidade poética era tão grande que ela própria acreditava serem os seus versos de origem mediúnica. Glorificou o Amor, a Renúncia, o Sacrifício e a Humildade, em obras como: Crisálida, Grinalda de Violetas, Sensibilidade.


            Fonte: PARNASO DE ALÉM - TÚMULO - CÁRMEN CINIRA - Chico Xavier- Editora FEB. Rio de Janeiro RJ - 1935.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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