Urbano
Ferreira.
Centro,
mas há falta deste sentimento no relacionamento dos trabalhadores entre si, ou
entre os dirigentes. Uma instituição assim não consegue levar o consolo aos que
sofrem, porque não tem muito o que oferecer.
Por
outro lado, não adianta aos trabalhadores serem fraternos entre si e não
estenderem este sentimento aos freqüentadores.
Recentemente,
uma jovem nos revelou que passou alguns anos freqüentando um Centro Espírita,
inclusive um grupo de estudos de mediunidade, sem ter sido alvo da atenção dos
trabalhadores da Casa. Por motivos particulares, foi obrigada a afastar-se e
teve a impressão de que sua ausência sequer foi notada. Apesar de terem o seu
nome completo e endereço, jamais lhe telefonaram ou pediram notícias suas.
Após
passar pela Igreja Católica, onde continuou ignorada. Integrou-se numa Igreja
presbiteriana, onde foi muito bem acolhida, passando a ser alvo de constante
atenção dos seus membros. Foi a primeira vez que teve a sensação de ser
valorizada por um grupo de religiosos.
Sabemos
que esta jovem poderá ter-se afastado do Centro Espírita por outras razões, até
mesmo por alguma influenciarão espiritual nociva, mas, de qualquer modo, o fato
nos convida à meditação. Além disso, sabemos, por outras fontes, que não há
harmonia naquele Centro Espírita.
É bom
refletirmos no assunto e revisar nosso relacionamento com as pessoas que
freqüentam as instituições espíritas e com os trabalhadores destas.
Todo
ser humano é sensível às manifestações de fraternidade, por menores que sejam.
Cada Centro ou instituição assistencial espírita poderia ter uma equipe
preparada para receber as pessoas que deles se aproximam em busca dos
extraordinários recursos que o Espiritismo proporciona.
Talvez
seja para alertar os cristãos neste sentido que Jesus, em sua última reunião
com os apóstolos, tenha afirmado que os seus discípulos seriam conhecidos por
muito se amarem.
Fonte: Revista “O
REFORMADOR” - No. 1861 - Abril de 1984.- Edição FEB.
CARLOS.
(mzgcar@gmail.com)
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