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sexta-feira, 11 de março de 2016

- ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS. - SEGUNDA PARTE. - CAPÍTULO VII. - BICORPORIEDADE E TRANSFIGURAÇÃO. - ITEM N º. 122. - ALLAN KARDEC

               O LIVRO DOS MÉDIUNS.

                                SEGUNDA PARTE.

                                     CAPÍTULO VII.

      BICORPORIEDADE E TRANSFIGURAÇÃO.

            122. Passemos ao segundo fenômeno, o da transfiguração.

Consiste na mudança do aspecto de um corpo vivo. Aqui está um fato dessa natureza cuja perfeita autenticidade podemos garantir, ocorrido durante os anos de 1858 e 1859, nos arredores de Saint-Etienne.
Uma mocinha, de mais ou menos quinze anos, gozava da singular faculdade de se transfigurar, isto é, de tomar, em dados momentos, todas as aparências de certas pessoas mortas. Tão completa era a ilusão, que os que assistiam ao fenômeno julgavam ter diante de si a própria pessoa, cuja aparência ela tomava, tal a semelhança dos traços fisionômicos, do olhar, do som da voz e, até, da maneira particular de falar. Esse fenômeno se repetiu centenas de vezes sem que a vontade da mocinha ali interferisse.
Tomou, em várias ocasiões, a aparência de seu irmão, que morrera alguns anos antes. Reproduzia-lhe não somente o semblante, mas também o porte e a corpulência. Um médico do lugar, testemunha que fora, muitas vezes, desses estranhos efeitos, querendo certificar-se de que não havia naquilo ilusionismo, fez a experiência que vamos relatar.
Conhecemos os fatos, pelo que nos referiram ele próprio, o pai da moça e diversas outras testemunhas oculares, muito honradas e dignas de crédito. Veio a esse médico a idéia de pesar a moça no seu estado normal e de fazer-lhe o
O laço que prende o Espírito ao corpo; novembro de 1859: A alma errante; janeiro de 1860: O Espírito de um lado e o corpo do outro; março de 1860: Estudos sobre o Espírito de pessoas vivas; o doutor V. e a senhorita I.; abril de 1860: O fabricante de São Petersburgo; aparições tangíveis; novembro de 1860: História de Maria Agreda; julho de 1861: Uma aparição providencial. mesmo no de transfiguração, quando apresentava a aparência do irmão, que contava, ao morrer, vinte e tantos anos, e era mais alto do que ela e de compleição mais forte. Pois bem! verificou que, no segundo estado, o peso da moça era quase duplo do seu peso normal. Concludente se mostra a experiência, tornando impossível atribuir-se aquela aparência a uma simples ilusão de ótica.
Tentemos explicar esse fato, que noutro tempo teria sido qualificado de milagre e a que hoje chamamos muito simplesmente fenômeno.

                        Fonte, Livro dos Médiuns, Allan Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, do Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.                     

                                   RHEDAM.(mzgcar@gmail.com)

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