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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA N º. 17. - MÉDIUNS E MEDIUNIDADE. - ANEXO Nº. 128. - MEDIUNIDADE E EVANGELHO. - AUSÊNCIA DE E NOTÍCIAS. - Dr. ODILON FERNANDES. (CARLOS a. BACCELLI.

            MEDIUNIDADE E EVANGELHO.

                   AUSÊNCIA DE E NOTÍCIAS.

                        “Entre as causas que podem se opor à manifestação de um Espírito, algumas lhe são pessoais e outras lhe são estranhas. É preciso colocar entre as primeiras suas ocupações ou as missões que cumprem, e das quais não pode desviar-se para ceder aos nossos desejos, nesse caso, sua visita não é senão adiada.“ (Cap. XXV – Segunda Parte  - Item 175)

            Embora permaneçam vinculados à Terra, nem todos os Espíritos encontram-se em condições de comunicar-se mediunicamente com os que se demoram no campo da luta física. Nem médiuns para tal cometimento teríamos em número suficiente, se os Espíritos pudessem se manifestar como desejariam...
            Quando desencarnam, os Espíritos prosseguem em suas atividades no Mundo Espiritual: alguns ascendem a regiões superiores da vida, em obediência aos impositivos da própria evolução, e outros precipitam-se nas regiões infelizes de onde não conseguem se ausentar com facilidade.
            Algemados a preconceitos de caráter religioso, dos quais não se libertam mesmo depois da morte, alguns Espíritos se recusam a “voltar” e manter contanto com os que procuram saber como estão; outros, encontrando antigas afinidades, como que se “esquecem” dos laços consagüíneos a que se condenam ao silêncio, talvez justamente por terem ridicularizado semelhante oportunidade...
            Enfim, são múltiplas as razões para a ausência de notícias da parte de determinados Espíritos.
            Alguns, se se manifestassem, certamente haveriam de complicar a situação dos que pelejam no mudo culpando-os pelas dificuldades que faceiam deste outro lado da vida; outros abordariam assuntos “censurados” pelos Benfeitores Espirituais, de vez que não lhes assiste o direito de utilizar de um médium para intranqüilizar os homens...
            Alguns simplesmente não se expressam por que, dentro de um período relativamente curto, são reconduzidos à reencarnação e outros, em se vendo fora do corpo, se revelam indiferentes aos companheiros da retaguarda material...
            Juntando-se às razões anotadas aqui carecemos levar em consideração o problema do médium que não se encontra “apto” para estabelecer sintonia com todo ou qualquer Espírito que dele se aproxime. Existe ainda a questão fundamental da sintonia entre o médium, o Espírito e os familiares interessados na mensagem. Não raro, o Espírito se envergonha de expor-se ao público e o médium, por sua vez, teme não corresponder às expectativas das pessoas que, normalmente, são muito exigentes, não considerando as limitações naturais de um intercâmbio dessa natureza.
            Grande parte das comunicações de além-túmulo acontece com a intermediação dos Espíritos-médiuns, ou seja , de Espíritos que, em nome dos evocados e com a devida permissão dos Benfeitores, transmitem os seus recados aos corações animados, saudosos de suas noticias.
            Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, faz uma consideração de suma importância: “... uma primeira conversa não é sempre tão satisfatória como se poderia desejar, e é por isso também que os próprios Espíritos, freqüentemente, pedem para serem chamados de novo.” Pode acontecer, portanto, que numa primeira comunicação o Espírito deixe a desejar; somente com o tempo, criando uma maior sintonia com o médium, ele irá se soltando mais, conseguindo expressar-se com o desembaraço necessário.  
            Depois de uma certa insistência, através de um médium, na obtenção de notícias desse ou daquele familiar desencarnado, se a comunicação desejada não se a comunicação desejada não se concretiza, convém que as pessoas desistam ou, então, efetuem tentativas por  um outro médium que ofereça ao Espírito as condições ideais. O que não é possível através de um médium, pode ser através de outro. Isto é perfeitamente compreensível.
            Somos de opinião que de um modo geral, as pessoas deveriam evitar obter diversas mensagens de um mesmo Espírito, através de médiuns diferentes. Temos visto muita gente perder a fé por isto. Julgando os referidos comunicados contraditórios, porque não possuem o indispensável conhecimento doutrinário para discerni-los, acabam cavando o abismo da própria descrença.

Fonte: Livro Mediunidade e Evangelho - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 6o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP – Janeiro/2008..


                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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