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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

- ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS. - SEGUNDA PARTE. - DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS. - CAPÍTULO V. - MANIFESTAÇÕES FÍSICAS ESPONTÂNEAS. - ITEM N º. 91. - ALLAN KARDEC.

                 LIVRO DOS MÉDIUNS.

                      SEGUNDA PARTE.

  DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS.

                              CAPÍTULO V.

MANIFESTAÇÕES FÍSICAS ESPONTÂNEAS.

91.       Esses fenômenos, embora executados por Espíritos inferiores, são frequentemente, provocados por Espíritos de uma ordem mais elevada, com o objetivo de convencer da existência de seres incorpóreos e de uma força superior ao homem. A ressonância que deles resulta, o pavor mesmo que causam, chamam a atenção e acabarão por abrir os olhos aos mais incrédulos. Estes acham mais simples colocar esses fenômenos à conta da imaginação, explicação muito cômoda e que dispensa dar-lhes outras; todavia, quando os objetos são empurrados ou vos são lançados na cabeça, seria preciso uma imaginação bem complacente para imaginar que semelhantes coisas são quando não são. Nota-se um efeito qualquer, e esse efeito, necessariamente, tem uma causa; se uma fria e calma observação nos demonstra que esse efeito é independente de toda vontade humana e de toda causa material, se além do mais nos dá sinais evidentes de inteligência e de livre vontade, o que é o sinal o mais característico, se está forçado a atribuí-lo a uma inteligência oculta. Quais são esses seres misteriosos? É o que os estudos espíritas nos ensinam da maneira menos contestável, pelos meios que nos dão para nos comunicarmos com eles. Esses estudos nos ensinam, por outro lado, a separar o que há de real, de falso ou de exagerado nos fenômenos dos quais não nos rendemos conta. Se um efeito insólito se produz: ruído, movimento, mesmo aparição, o primeiro pensamento que se deve ter é de que é devido a uma causa toda natural, porque é a mais provável; é necessário então procurar essa causa com o maio cuidado e não admitir a intervenção dos Espíritos senão conscientemente; é o meio de não se iludir. Aquele, por exemplo, que sem estar perto de ninguém, recebesse uma bofetada ou uma paulada nas costas, como já se viu, não poderia duvidar da presença de um ser invisível.
Deve-se manter-se em guarda não somente contra as narrações, que podem estar mais ou menos exageradas, mas contra as próprias impressões, e não atribuir uma origem oculta a tudo o que não se compreende. Uma infinidade de Causas, muito simples e muito naturais, pode produzir efeitos estranhos a primeira vista, e seria uma verdadeira superstição ver, por toda parte. Espíritos ocupados em deslocar os m´óveis, quebrar louça, suscitar, enfim, mil e um aborrecimentos no lar, quando é mais racional atribuí-las à imperícia.

            Fonte, Livro dos Médiuns, Allan Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, do Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.                     


                                   RHEDAM.(mzgcar@gmail.com)

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