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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

- VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES. - Nº. 87. - 75 º. PARTE. - SILVIO BRITO SOARES.

 VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.

            75 º.     O Espírito de André Luiz, em um dos seus magníficos livros Ação e Reação dá-nos a conhecer esse grande amora que alimenta a alma de Bezerra, agora nesse grande Além, e de como ele, no Brasil inteiro, é venerado pelos encarnados e também nos círculos espaciais que circundam a Terra, pelos Espíritos errantes, sôfregos de amparo e de luz!
            O trecho a que nos referimos, alude ao Templo e ao parlatório de “Mansão da Paz”, usualmente freqüentados por irmãos do plano físico, provisoriamente desligados da habitação corpórea, por influência do sono, bem como pelos desencarnados que vagueiam em torno da Mansão, à procura de conforto.
            No recinto desse Templo encontra-se a imagem da cruz e nichos vazios. E explica-nos o Assistente Silas:
            “A cruz recorda a todos os visitantes que o Espírito de Nosso Senhor Jesus-Cristo aqui se encontra presente, não obstante estejamos nos abismos infernais, e os nichos vazios dão oportunidade a que todos se dirijam aos Céus, segundo a fé que abraçam. Até que a alma obtenha a Sabedoria infinita, é indispensável caminhe na longa estrada dos símbolos da alfabetização e cultura que a dirigem na senda de elevação intelectual e, até que atinja o Infinito Amor, é necessário palmilhe as longas rotas da caridade e da fé religiosa, nos múltiplos departamentos da compreensão que lhe assegure o acesso à Vida Superior. 
            Diante de um desses nichos, certa senhora mantinha-se em prece. E esclarece-nos ainda o autor espiritual, que, procurando assimilar a faixa mental dessa senhora e estabelecida a sintonia, surpreendeu no nicho a imagem viva e simpática do abnegado Dr. Bezerra de Menezes, ao mesmo tempo que ouvia súplica dessa companheira desolada: ”Dr. Bezerra, por amor de Jesus, não abandones meu pobre Ricardo nas trevas da desesperação!... Meu esposo infeliz atravessa rudes provas!... Ó generoso amigo, socorre-nos! Não permitas que ele desça ao abismo do suicídio... Dá-lhe coragem e paciência, sustenta-lhe o bom ânimo!... As dificuldades e as lágrimas que o afligem no mundo caem sobre minha alma como chuva de fel!...
            Esse santuário serve à oração digna, sem cultos especiais. Ali, alguém recorre ao amparo da monja de Lisieux, aqui um coração infortunado pelo socorro notável companheiro dos espíritas do Brasil, esclareceu ainda o Espírito de André Luiz.
            E esse bondoso amigo da Espiritualidade acrescentou:
            “Com mais de cinqüenta anos consecutivos de serviço à Causa Espírita, depois de desencarnado, Adolfo Bezerra de Menezes fez jus à formação de extensa equipe de colaboradores que lhe servem a bandeira da caridade. Centena de Espíritos estudiosos e benevolentes obedecem-lhe às diretrizes na lavoura do bem, na qual opera ele mesmo em nome do Cristo.
“Desse modo é fácil compreendê-lo agindo em tantos lugares ao mesmo tempo, tal como acontece na radiofonia, em que uma estação emissora emite para muitos postos de recepção, assim qual uma só cabeça pensante para milhões de braços, um grande missionário da luz, em ação no bem, pode refletir-se em dezenas e centenas de companheiros que lhe acatam a orientação no trabalho ajustado aos desígnios do Senhor, Bezerra de Menezes, invocando carinhosamente, em tantas instituições e lares espíritas, ajuda em todos eles, pessoalmente ou por intermédio das entidades que o representam com extrema fidelidade”.
Vamos abrir um parêntese, a fim de esclarecermos um ponto que, talvez, os menos aprofundados no estudo de certos fenômenos psíquicos, ou melhor, do pensamento e da vontade, desconheçam, como o chamado “ideoplastia“.
E assim nos manifestamos pelo fato de um desses nichos aparecer, por força do pensamento daquela senhora, a imagem perfeita do Dr. Bezerra de Menezes.
Quem desejar melhor conhecer esse assunto, bastará ler a obra do renomado Ernesto Bozzano intitulada Pensamento e Vontade.
Em todo o caso, diremos: “O vocábulo “ideoplastia” foi criado pelo Dr. Durand (de Gros), em 1860, para designar os principais caracteres da sugestinilidade.
“Mais tarde, em 1894, o Dr. Ochorowicz o empregou para designar os efeitos da sugestão e da auto-sugestão, quando ela faculta a realização fisiológica de uma idéia, como se dá nos casos de estigmatização.
Finalmente, o Professor Richet o propôs, quando das duas experiências com as senhoritas Linda Gazzera e Eva C... (1912-1914), cujas experiências demonstraram, de feição nítida e incontestável, a realidade da materialização de semblantes humanos, que eram, por sua vez, reproduções objetivadas e plásticas de retratos e desenhos vistos pelos médiuns.
“Claro é que, desses fatos, deve-se-ia logicamente inferir que a matéria viva exteriorizada é plasmada pela ideia.
“E ai está a exata significação do termo “ideoplastia”, aplicado aos fenômenos de materialização mediúnica.
“E a substância viva, exteriorizada e amorfa, sobre a qual se exercem as idéias-forças, inerentes à subconsciência do médium, foi designada por “ectoplasma”, pelo mesmo Professor Richet.
 “Em homenagem à verdade histórica, à verdade história, devo consignar que as materializações ideoplasticas já eram conhecidas de meio século antes de despertarem de modo especial, a atenção dos investigadores.
“Quanto à substância ectoplásmica, essa já  era conhecida dos alquimistas do século XVII, assim como de Emmanuel Swendenborg.

Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES”, - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.


                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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