A CRIANÇA XI.
“A CRIANÇA É O FUTURO”.
EMMANUEL. (CHICO XAVIER.)
Apesar do tempo que essa ideia foi semeada e da lógica que encerra, a
Humanidade ainda está distante de levá-la a sério.
Num momento em que as crianças armam-se para roubar, perdem-se nos caminhos das
dependências, torna-se urgente agirmos.
Com base nesse pensamento, durante dez semanas publicaremos, algumas opiniões
esclarecedores sobre assunto, ditas pelo médium Divaldo Pereira Franco.
- Diante das atuais dificuldades
econômicas, com a mulher saindo para o trabalho fora do lar, perguntamos: É
valida a colocação dos filhos em berçários ou creches, tirando-os do convívio do
lar, mesmo que seja em companhia de babás?
Parece-me que
o problema decantado da economia é de natureza mais moral que financeira. A
minha mãe teve treze filhos, nunca teve o prazer de uma empregada. Tinha tempo
para lavar, buscar água no poço, cozinhar em fogão a lenha, tomar conta de
treze filhos, atender à família. É lógico que os tempos eram outros, mas,
também, a confiança em Deus era outra. E, acima de tudo, os pais tinham uma
preocupação de se darem aos filhos e não a fuga psicológica de abandonar o lar
para dar conforto e dar-lhes coisas, mas, a renúncia de se dar. É lógico que
não sou contrário a que a mulher se realize, porque a única diferença entre os
dois sexos é anatômica, os direitos são iguais. Mas, a mim parece que a
maternidade é um vínculo de santificação, que os animais preservam, porque,
mesmo eles, na faixa da selvageria, só abandonam os filhos quando eles estão em
condições de manter a sobrevivência. Dentro de um contexto egoísta, em que cada
um deseja mais realizar-se do que realizar a família, e que cada um dos cônjuges
pretende mais uma vida de gozo do que o compromisso em prol da felicidade
doméstica, é natural que na ausência dos pais pessoas remuneradas transmitam
apoio e educação, nunca o amor, porque o amor jamais será remunerado.
Fonte: Revista Informação. – Ano XVI. - Nº. 189. – Agosto de 1992.
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