MEDIUNIDADE E EVANGELHO.
MÉDIUNS PROFÉTICOS.
“Se há verdadeiros profetas, mais ainda os há falos, e que tomam os
sonhos de sua imaginação por revelações, quando não são velhacos que, por
ambição, se fazem passar como tais”. (Cap. XVI – Segunda Parte – item 190)
Como o tempo das mesas girantes, o
tempo das profecias já passou na Doutrina Espírita. No princípio, para
impressionar, advertir e, sobretudo, para às pessoas convicção sobre a
realidade da Vida Espiritual, surgiam, como nos tempos apostólicos, médiuns que
faziam predições acerca do futuro... Eram, em sua maioria, homens sem nenhuma
instrução que viviam nas fazendas e nas pequenas cidades do interior. Quase
sempre, desapareciam da mesma maneira que surgiam... eram tidos por loucos e
raros lhes prestavam ouvidos... Anunciavam acontecimentos que, no geral,
acabavam de se concretizando; dirigiam-se a determinadas pessoas, falando-lhes
de forma impressionante a respeito do futuro... Mediunizados, faziam recordar
os profetas das páginas do Antigo Testamento, quando profetizavam a vinda do
Messias como, por exemplo, podemos ler no capítulo 53 do livro de Isaías.
Afora os profetas bíblicos, sem
dúvida um dos mais ilustres entre os médiuns proféticos foi Michel de
Nostradamus. Arrebatado por suas visões apocalípticas, escreveu as suas célebres
centúrias que vem se cumprindo ao longo do tempo. Talvez a reencarnação de um
dos seus profetas bíblicos, Nostradamus, como João no “Apocalipse”, tenha sido
inspirado pelas Esferas superiores, sintonizado-se com os Espíritos que possuem
a presciência do futuro. A margem de acertos das profecias realizadas por ele
é, de fato, notável.
O médium profético, raro hoje em
dia, porque o porvir da Humanidade é evidente para os que raciocinam, é um
méduim facilmente manobrado pelos Espíritos pseudo sábios e levianos que num
delírio de grandeza espiritual, imaginam deter o conhecimento do futuro quando,
na realidade, mal saberiam prever a própria sorte. É muito comum que esse
médium queira revelar as reencarnações futuras das pessoas, como se Deus lhes
tivesse concedido esse conhecimento.
Normalmente, o médium profético é um
médio sem maiores esclarecimentos doutrinários porque caso contrário, saberia
que os Espíritos superiores não se entregam a esse tipo de prática mediúnica
com freqüência que se pode observá-la no mundo.
Quase sempre, as ditas profecias
aparecem nas grandes transformações pelas quais deve passar a Humanidade. Neste
caso de milênio, elas haverão de se multiplicar pela própria predisposição
mental das pessoas na expectativa de que algo aconteça de extraordinário para
que as coisas se modifiquem.
Qualquer mensagem de tom profético,
seja dito pelo Espírito que for e venha através do médium de maior
respeitabilidade possível, deve ser analisada criteriosamente, mesmo porque as
profecias, como podemos constatar no livro de Jonas, não são infalíveis.
Os médiuns proféticos agem por
inspiração, por pressentimento, pela chamada dupla vista e por mais algumas espécies
de manifestações medianímicas que se confundem uma com as outras, não nos sendo
possível caracterizá-las com exatidão; podem, inclusive, agir através dos
sonhos, como é o caso típico de D. João Bosco, que anteviu a capital do Brasil
tornando-se realidade no Planalto Central...
De uma maneira geral, quando há
necessidade e merecimento, a própria pessoa recebe revelações a respeito de
como pautar a sua própria vida, tomando essa ou aquela decisão. Através do
desdobramento espiritual, ou de forte intuição, a pessoa que procura encontrar
as orientações de que necessita, evitando futuros aborrecimentos. Não há
necessidade absoluta de que uma terceira pessoa, as vezes completamente
estranha à sua vida, venha fazer-lhes advertências, penetrando na usa
intimidade; destaquemos bem a colocação necessidade absoluta porque, vez ou
outra, isto pode acontecer, mormente quando a pessoa não se acha em condições
da mesma receptividade espiritual num “recado” dessa envergadura.
Infelizmente, são muitos os que
ainda acreditam mais nos outros do que em si mesmos! Crendo que o seu destino
encontra-se irremediavelmente “escuro nas estrelas”, rendem-se à fatalidade,
esquecidos de que todo dia é dia de construir ou reconstruir a própria
felicidade.
Fonte: Livro Mediunidade e Evangelho - Odilon
Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 6o.
Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP – Janeiro/2008..
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