SEGUNDA PARTE.
DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS.
CAPÍTULO I.
AÇÃO DOS ESPÍRITOS SOBRE A MATÉRIA.
58. A natureza íntima do Espírito,
propriamente dito, quer dizer do ser pensante, nos é inteiramente desconhecida;
não se revela a nós senão por seus atos, e seus atos não podem impressionar
nossos sentidos materiais senão por um intermediário material. O Espírito tem,
pois, necessidade de matéria. Tem por instrumento direto seu perispírito, como
o homem tem seu corpo; ora, seu perispírito intermediário, o fluido universal,
espécie de veículo sobre o qual age, como nós agimos sobre o ar para produzir
certos efeitos com a Judá da dilatação, da compressão, da propulsão e das
vibrações.
Considerada dessa maneira, a ação do
Espírito sobre a matéria se concebe facilmente; e compreende-se, desde logo,
que todos os efeitos que dela resultam entram na ordem dos fatos naturais, e
nada têm de maravilhoso. Não pareceram sobrenaturais seão porque não se lhes
conhecia a causa; conhecida a causa, o maravilhoso desaparece, e esta causa
está toda inteira nas propriedades semi-materiais do perispírito. É uma nova
ordem de fatos, que uma nova lei vem explicar, e da qual não se admirará mais,
dentro de algum tempo, como não se admira hoje da correspondência à distância
pela eletricidade em alguns minutos.
Fonte:
O Livro dos Médiuns - Allan Kardec - 18 º edição - Abril de 1991, Editora
Instituto de difusão Espírita de Araras, SP.
RHEDAM.(rrhedam@gmail.com)
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