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quinta-feira, 6 de junho de 2013

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA N º. 17. MÉDIUM E MEDIUNIDADE. - ANEXO N º. 76. MEDIUNIDADE E EVANGELHO. - SUBLIME LOUCURA. - DR. ODILON FERNANDES. - (CARLOS A. bACCELLI.

                        MEDIUNIDADE E EVANGELHO.

                                   SUBLIME LOUCURA.

                        “É preciso, com efeito, convir que essa loucura há, tem um caráter bem singular, que é o de atingir de preferência a classe esclarecida. (...)” (Cap. IV – Primeira Parte – Item 39.

            Às sensatas palavras de Allan Kardec que encimam este capítulo, acrescentaríamos o que disse Paulo em uma das suas epístolas, quando afirma que “a linguagem da cruz é loucura para aqueles que se perdem, mas para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus”.
            Desde tempos imemoriais o contato com o Além foi considerado loucura por aqueles que não podiam compreendê-lo. A princípio respeitados, os sensitivos primitivos foram, mais tardes catalogados à conta de pessoas nocivas à vida comunitária, mormente quando a Igreja baniu o pneumatismo de suas práticas.
            Proibido o intercambio espiritual entre os dois mundos, os medianeiros que não conseguiam contê-lo eram considerados loucos e, não raro, as famílias os escondiam nos porões de suas casas, mantendo-os em regime de cruel cativeiro, onde pagavam o preço de seu incompreendido pioneirismo no campo das manifestações paranormais.
            Não se tem contados milhares de sensitivos que, na Idade Média, foram enviados às fogueiras ou eliminados das mais variadas formas pela intolerância religiosa vigente. Ainda hoje, segundo estudiosos do assunto, a Europa expia a sua falta para com esses motivos pelos quais o materialismo, semelhante a imenso polvo, prende em seus fortes tentáculos tantas mentes brilhantes, fazendo da Europa um terreno espiritualmente árido. Talvez seja ainda por isso conforme o Cristo expressou-se contra Jerusalém, o mundo europeu e também a parte da América do Norte, se sentiam perdidos num labirintos de tantos e estranhos movimentos espiritualistas que, sem vínculo com o Evangelho, sobrevivem por si mesmos, mercadejando os dons espirituais e digladiando-se um com os outros pela posse exclusiva da verdade. Talvez seja também por isto que, faltos de médiuns que se prestem aos seus experimentos de laboratório, os estudiosos estrangeiros se aflijam na construção de “máquinas” capazes de restabelecerem a ligação com as esferas espirituais...
            Vejamos agora, por outro lado, como as posições se inverteram, mostrando que o triunfo da Verdade é apenas uma questão de tempo. Quanto mais cristãos eram mortos nas arenas romanas, mais eles se multiplicavam através do sangue dos próprios mártires... Quanto mais médiuns entregues as fogueiras medievais, um número maior de sensitivos começou a aparecer em diferentes partes do globo e, hoje, para queimá-los todos teria que se atear fogo à Terra...
            Mas não somente houve uma generalização da mediunidade, como conseqüência natural da evolução humana; o Espiritismo “caiu nas graças” do povo e, segundo demonstram as recentes pesquisas, uma parcela considerável da população brasileira é espírita, e uma parcela bem maior confessa-se simpatizante. E embora a Doutrina conte com uma excelente penetração em todas as classes sociais, são justamente os mais ilustrados, que antes se opunham, que agora lhe abraçam os postulados, vendo nela a única explicação lógica para a Vida.
            Parafraseando Paulo, se estamos loucos, certamente estamos tomados por uma sublime loucura que, com o Cristo, o Grande Visionário da Cruz, nos faz sonhar com o Reino de Deus sobre a face da Terra.
            Que divina loucura será esta que pede ao homem que se renove interiormente com base no “amai-vos uns aos outros”? Que excelsa loucura será a do homem que se recusa a crer na morte, pensando como pensou o inolvidável apóstolo dos gentios: “E, não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou.
            E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé”.
            A mensagem de Amor do Evangelho é tão profunda e tão ousada, que até hoje, passados dois milênios, quem se disponha a vivenciá-la em plenitude, como fez um Francisco de Assis, é considerado alienado.
            Infelizmente, pelos valores que ainda prevalecem no mundo, quem se disponha a perdoar uma agressão é chamado covarde.

Fonte: Livro Mediunidade e Evangelho - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 6o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP – Janeiro/2008..


                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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