X – SINTONIA.
“O melhor meio de afastar os maus Espíritos é atrair os bons”. (O Livro dos Médiuns – Segunda Parte – Cap. IX)
Em mediunidade, a sintonia é tudo.
O melhor médium é aquele que está em permanente contato com os Espíritos bons. Mas, para isto acontecer ele precisa elevar o seu padrão vibratório, disciplinando o pensamento.
A diferença entre mediunidade e obsessão é apenas uma questão de vida mental. Todo obsediado é um médium em potencial, mas nem todo médium é obsediado pelos Espíritos obsessores. A obsessão é um estado doentio da mediunidade. O obsediado pode tornar-se um médium equilibrado e a mediunidade, quando exercida de forma irresponsável, pode degenerar em obsessão.
Para que o médium sintonize com os bons Espíritos, ele deve vivenciar o bem, pois a prática do bem repele, naturalmente, a presença dos Espíritos infelizes.
Os Espíritos votados ao mal tudo fazem para atrapalhar o medianeiro bem intencionado. Criam dificuldades, armam ciladas, preparam obstáculos, interferem na sua vida profissional, favorecem situações embaraçosas...
Há uma necessidade muito grande de vigilância diária.
Mesmo o Cristo, antes de iniciar o seu ministério entre os homens, foi tentado pelos Espíritos que se sentiam importunados com a sua presença no mundo.
Herodes chegou a sonhar com Ele – o Rei que viria destroná-lo, e mandou eliminar todas as crianças de até dois anos de idade que fossem encontradas na Palestina.
O médium que deseje servir na seara espírita deve fazer da oração o seu alimento diário, porque, quanto mais importante a tarefa que esteja executando, maior será o assédio que experimentará.
A prece nascida do fundo d’alma, como se lhe será uma luz acesa dentro da noite, facilitando o auxílio dos Espíritos que o assistem.
Existem médiuns que nem sempre estão bem assistidos espiritualmente. Quando eles reconhecem esta verdade, já estão criando as suas próprias defesas, aprendendo a combater por si mesmo as influências dos Espíritos infelizes.
Mas, normalmente, quando o médium esta debaixo de uma influência negativa, ele não consegue detectá-la de imediato, a não ser que tenha bastante experiência e humildade.
Sem querer julgar ninguém, apenas a título de aprendizado, quantos médiuns, em todo o mundo, já receberam obras similares àquela que conhecemos sobre o título de A Vida de Jesus Ditada por Ele Mesmo?...
Retomando a questão da sintonia mediúnica, vejamos o caso de Maria de Magdala, a qual, segundo a narrativa evangélica, “era possuída por sete gênios das sombras”... A Partir do momento em que ela decidiu mudar de vida, elegeu outros Espíritos para companhia transformou-se num dos maiores exemplos de renovação interior da História!
Vivemos mergulhados num oceano de idéias e emoções. Influenciamos e somos influenciados, mas “semelhante atrai semelhante”.
A vida exterior de cada um é resultado de sua vida mental.
O pensamento é um imã.
Se bem ocupara a vida mental do médium, o mal não entrará espaço para aí proliferar.
Disciplinar a mente é também disciplinar os olhos, os ouvidos, a língua...
Que o médium comece a fazer uma triagem nos assuntos que comenta ou que são comentados à sua volta, e estará caminhando a passos largos na conquista de serenidade mental, que o imunizará contra a obsessão, garantindo-lhe o exercício saudável da mediunidade.
Fonte: Livro Mediunidade e Doutrina - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 1o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP - 1990.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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