– PROSELITISMO.
“Se nossa fé se consolidou dia a dia, foi porque compreendemos; fazei, pois, compreender, se quereis arregimentar prosélitos sérios”. – (O Livro dos Médiuns – segunda Parte – Cap. XII)
O Espiritismo, ao contrário de outras religiões, não faz proselitismo de arrastamento, e os médiuns, que se dedicam às fileiras, devem adotar idêntico comportamento.
Os Centros Espíritas estão de portas abertas para os que desejem procurálos e as lições ali ministradas são acessíveis a todos.
Os que estiverem aptos para assimilarem a Doutrina, espontaneamente a procurarão.
Muitos dos que, após o seu primeiro contato com a filosofia espírita, dela se distanciaram, é porque se sentiram “incomodados”, a nível de consciência, de vez que, justamente por não exigir nada de ninguém, sentem-se na obrigação de corresponder-lhe de alguma forma.
O comodismo é responsável pelo atraso espiritual de um sem-número de pessoas e, infelizmente, existem religiões que fomentam esse estado de coisas, já que lhes interessa a ingenuidade de seus profitentes.
Habitualmente, diz-se que os espíritas trabalham muito. É que, ansiando por recuperar o tempo perdido, eles compreendem o significado das palavras do Mestre Nazareno: “pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá...”
No Espiritismo não há lugar para a ociosidade.
Compreende-se a brevidade da vida física e procura-se fazer o que se pode. O espírita tem sede progresso, e os Espíritos-espíritas (se é que podemos rotular assim) também a temos.
É por não fazer proselitismo que a Doutrina tem chamado a atenção de muita gente. Mas o espírita não faz proselitismo porque não deseja que as pessoas sejam espíritas... Evidentemente que deseja colocar a luz sobre o candeeiro e compartilhá-la com todos, mas sabe que não pode e não deve obrigar ninguém a contemplá-la.
Paulo, que ansiava por espalhara a Boa-Nova, foi rejeitado exatamente pelo povo mais culto da época – o grego -, inclusive, no Aréopago de Atenas, rendia culto ao Deus Desconhecido.
O Médium não deve prevalecer-se de sua mediunidade para fazer proselitismo.
Quando o fruto amadurece, ele despenca da árvore, se bem que o vendaval das provas pode arremessá-lo ao chão, obrigando-o à maturação.
O Exemplo é o discurso mais convincente.
A altercação religiosa deve ser evitada, a todo custo, pelos espíritas idôneos. Dialogar, sim: polemizar, não.
Se o próprio Cristo não polemizou sobre a Verdade, com Pilatos, por que haveríamos de nos arvorar em seus intransigentes defensores?
A discussão religiosa aumenta a distância entre Deus e os homens.
Divulgar a Doutrina, através de todos os recursos lícitos é dever básico do espírita, desde de que não haja imposição.
Que as sementes sejam lançadas e que geminem pelo Mestre, apenas um voltou-lhe para agradecer-lhe...
Silenciando, ainda, ante Pilatos, Jesus não o estaria convidando a descobrir por si mesmo a resposta, como a dizer-nos que o conhecimento da Verdade é uma tarefa Pessoal?!...
Fonte: Livro Mediunidade e Doutrina - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 1o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP - 1990.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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