CAPÍTULO IV.
SISTEMAS.
38.
Sistemas de charlatanismo. Entre os antagonistas, muitos atribuem esses efeitos
à fraude, pela razão de que alguns puderam ser imitados. Essa suposição
transformaria todos os espíritas em ingênuos, e todos os médiuns em fazedores
de ingênuos, sem considerar a posição, o caráter, o saber e a honorabilidade
das pessoas. Se merecesse uma resposta, diríamos que certos fenômenos da Física
são contra a verdadeira ciência. Demais disso, há pessoas cujo caráter afasta
toda suspeita de fraude, e é preciso desconhecer as regras de civilidade e de
urbanidade para ousar-lhes na face que são cúmplices de charlatanismo. Em um
salão muito respeitável, um senhor, supostamente educado, tendo-se permitido
uma reflexão dessa natureza, a dona de casa lhe disse: “Senhor, uma vez que
estais contente, vosso dinheiro será devolvido à porta”; e com um gesto fê-lo
compreender o que tinha de melhor a fazer. Dir-se-á, por isso, que nunca houve
abuso? Seria preciso, para crê-lo, admitir que os homens são perfeitos.
Abusa-se de tudo, mesmo das coisas mais santas; por que não se abusaria do
Espiritismo? Mas o mau uso que se faz de uma coisa não pode prejulgar nada
contra a própria coisa; o controle que se pode ter alcança a boa fé das pessoas
e os motivos que se fazem agir. Onde não há especulação, o charlatanismo nada
tem a fazer.
Fonte: O
Livro dos Médiuns - Allan Kardec - 18 º edição - Abril de 1991, Editora
Instituto de difusão Espírita de Araras, SP.
RHEDAM.
(rhedam@gmail.com)
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