CAPÍTULO II.
O MARAVILHOSO E O SOBRENATURAL.
16. Os fenômenos espíritas, da mesma forma que os fenômenos magnéticos, antes que se lhes conhecesse a causa, passaram por prodígios; ora, como os cépticos, os espíritos fortes, quer dizer, aqueles que têm o privilégio exclusivo da razão e do bom-senso, não creem que uma coisa seja possível desde que não compreendem, eis porque todos os fatos reputados prodigiosos são objeto de suas zombarias; e como a religião tem um grande número de fatos desse gênero, não creem na religião, e daí à incredulidade absoluta não há senão há um passo. O Espiritismo, explicando a maioria desses fatos, lhes dá uma razão de ser. Ele vem, pois, em ajuda da religião, demonstrando a possibilidade de certos fatos que, por não terem mais o caráter miraculoso, não são menos extraordinários, e Deus não é menos grande, nem menos poderoso, por não ter derrogado suas leis. De quantas zombarias as levitações de São Cupertino foram objeto! Ora, a suspensão etérea dos corpos graves é um fato explicado pela lei espírita; disso fomos pessoalmente testemunhas ocular, e o Sr. Home, assim como outras pessoas do nosso conhecimento, repetiram muitas vezes o fenômeno produzido por São Cupertino. Portanto, esse fenômeno entra na ordem das coisas naturais.
Fonte: O Livro dos Médiuns - Allan Kardec - 18 º edição - Abril de 1991, Editora Instituto de difusão Espírita de Araras, SP.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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