A PRECE
O
Senhor da Verdade e da Clemência
Concedeu-nos
a fonte cristalina
Da
prece, água do amor, pura e divina,
Que
suaviza os rigores da existência.
Toda
oração é a doce quinta-essência
Da
esperança ditosa e peregrina,
Filha
da crença que nos ilumina
Os
mais tristes refolhos da consciência.
Feliz
o coração que espera e ora,
Sabendo
contemplar a eterna aurora
Do
Além, pela oração profunda e imensa.
Enquanto
o mundo anseia, estranho e aflito,
A
prece alcança as bênçãos do Infinito,
Nos
caminhos translúcidos da Crença.
João de Deus
NASCIDO em São Bartolomeu de Messines, Portugal, em 1830,
e desencarnado em 1896, afirmou-se um dos maiores líricos da língua portuguesa.
É tão bem conhecido no Brasil quanto em seu belo país. Nestas poesias palpita, de
modo inconfundível, a suavidade e o ritmo da sua lira.
Fonte: PARNASO DE ALÉM - TÚMULO -
AUTORES DIVERSOS. - Chico Xavier- Editora FEB. Rio de Janeiro RJ - 1935.
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