DOAÇÃO DIFERENTE.
Tantos rogam socorro!...
E o coração se enternece.
São doentes largados a noite,
companheiros em penúria aguardando auxílio, pequeninos sem lar e irmãos em
prova que te estendem as mãos, algo esperando de tua bondade ou de tua
bolsa!... Todos são dignos do apoio que se te faça possível.
Entretanto, nas trilhas do
cotidiano, outros necessitados vão surgindo, a reclamarem uma das mais
preciosas doações que a criatura é capaz de oferecer.
São aqueles que te agridem a vida:
os que te dilapidam os interesses; os que
te experimentam com a magia da tentação; os que te estragam o relacionamento
familiar; os que te menosprezam os sentimentos. Os que te espancam com as
farpas invisíveis do sarcasmo; os que se apoderam do destaque para que te
omitas obrigatoriamente na sombra; os que descarregam seus próprios fardos
sobre as responsabilidades que transportas nos ombros; os que te agravam as
dificuldades e aqueles outros que em vão te consomem as possibilidades de
trabalho, anulando-te o tempo.
Diante desses irmãos que tantas
vezes te emaranham no cipoal da inquietação vazia, não desesperes, nem
desanimes.
Oferece-lhes a tua doação de
paciência e deixa-os no recanto de incompreensão a que se acolhem.
Entrega-os a Deus e segue o teu
próprio caminho.
São doentes do espírito que só a
Divina Providência conseguirá curar na clínica do tempo. E é preciso reconhecer
que os doentes da alma não sabem o que fazem.
MEIMEI.
Fonte: Livro “SINAIS DE RUMO” - Espíritos Diversos. – Francisco Cândido
Xavier. – GEEM. Grupo Espírita Emmanuel. – São Bernardo do Campo. SP. – 1979.
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