UMA
VIDA COM AMOR VI
UBIRATAN
MACHADO.
COM O DIABO
NO CORPO.
(...) Os colegas começaram a
espalhar o boato de Chico havia copiado o trecho premiado de algum livro.
Outros se recusavam a duvidar da sua honestidade. As opiniões se dividiam. Haviam
os que acreditam em seus dons, se não mediúnicos, pelo menos literários. Um
dia, um colega desafiou-o: “Já que sua prova fora ditada por uma pessoa do
outro mundo, por que esse homem, não reaparecia, dispondo-se a escrever a
respeito de algum assunto proposto pelos próprios colegas?”
No exato momento do desafio, Chico
viu o Espírito, que se dizia pronto para escrever. Comunicando o fato à
professora, dona Rosária hesitou. A pressão dos colegas, no entanto, era
irresistível. E ela concordou que Chico fosse ao quadro-negro e escrevesse
diante de todos.
“Qual o tema?” indagou um dos
alunos. Uma outra, cujo pai construía então uma casa, sugeriu que fosse areia.
Todos riram, considerando a areia um coisa desprezível. Mas o tema foi mantido.
Logo,
Chico pôs-se a escrever no quadro-negro o que o Espírito ia lhe ditando: “ Meus
filhos, ninguém escarneça da criação. O grão de areia é quase nada, mas parece
uma estrela pequenina refletindo o sol de Deus...”
(“A composição foi escrita com
muitas idéias que eu seria incapaz de conceber nos meus 12 anos de idade.”)
A partir de então, dona Rosária
proibiu que se fizesse qualquer comentário, na sala de aula, a respeito das
pessoas invisíveis.
***
Fonte: - “CHICO XAVIER Por Ele
Mesmo. – Autores Diversos, - 1 ª. edição, - Editora Martin Claret Ltda, - São
Paulo, SP, - Outubro de 1994.
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