- SEXO E EDUCAÇÃO
SEXO E AMOR.
EDIFICAR O AMOR ESPIRITUALIZADO.
O amor espiritualizado é fruto da dedicação e
do esforço constante da criatura em educar a si mesma, dominando seu orgulho e
egoísmo ferozes, nas regras libertadoras do Evangelho de Jesus, para poder amar
sem se preocupar em ser amada. Na floresta imensa das imperfeições e defeitos,
a lavoura abençoada do amor não poderá nascer sem proteção e cultivo constante
na terra do coração.
O amor espiritualizado
começará a surgir com o desenvolvimento das sementes das virtudes: a humildade,
a bondade, a paciência, o perdão, a tolerância, a indulgência, a ternura, a
delicadeza, o entendimento e o respeito. Sem os tesouros da fé sincera, guardada
no cérebro e no coração, essas plantas divinas não germinarão no canteiro sublime
da alma.
Não basta ficar esperando pelo
amor do companheiro ou da companheira: o importante é aprender a amar sem
exigência, a fim de materializá-lo no dia-a-dia da convivência conjugal. Os
cônjuges devem promover entre si estes tesouros da felicidade, como nos escreve
o autor de “Nosso Lar”:
“O homem encarnado saberá,
mais tarde, que a conversação amiga, o gesto afetuoso, abondade recíproca, a
confiança mútua, a luz da compreensão, o interesse fraternal - patrimônios que
se derivam naturalmente do amor profundo — constituem sólidos alimentos para a
vida em si.”
Nos cônjuges que procuram
sinceramente espiritualizar-se, inobstante o envelhecimento lhes diminua
progressivamente a atividade sexual fisiológica, o intercâmbio entre suas almas
alcançará níveis cada vez mais altos de espiritualidade, sustentando e multiplicando
a alegria, a simpatia e o entendimento. É a sexualidade em sua expressão espiritual,
como nos ensina o Instrutor de André Luiz:
“Entre os casais mais
espiritualizados, o carinho e a confiança, a dedicação e o entendimento mútuos
permanecem muito acima da união física, reduzida, entre eles, a realização
transitória.”
A manifestação sexual evolui
com o ser. O sexo não se acabará por causa da espiritualização das criaturas,
mas, sim, os cônjuges deixarão as vibrações grosseiras pelas vibrações sutis e
harmoniosas, intensificando o contato das almas, conquistando novos níveis
superiores de vida, em busca da Espiritualidade Maior, ficando a união física
como expressão passageira, embora ativa, mas sem ser a fonte maior de suas alegrias. Entre os cônjuges na velhice
corpórea, quando há o crescimento dos valores espirituais, poderá haver maior
coeficiente de prazer sutil da alma, maior alegria no coração e maior simpatia
nas vibrações espirituais do que entre cônjuges recém-casados que também muito
se amam, mas ainda não aperfeiçoaram a harmonização recíproca.
O amor é todo espiritual e não
está escravizado a qualquer tipo de desejo. O Espírito André Luiz define com
profundidade:
“Amar não é desejar. Ë
compreender sempre, dar de si mesmo, renunciar aos próprios caprichos e
sacrificar-se para que a luz divina do verdadeiro amor resplandeça.”
WALTER
BARCELOS.
Fonte: Livro “SEXO E EVOLUÇÃO”- Walter Barcelos - 4a.
Edição - Editora FEB. - Rio de Janeiro, RJ. Setembro/1995.
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