CHICO XAVIER POR ELE
MESMO.
UMA
VIDA COM AMOR VIII.
UBIRATAN
MACHADO.
COM O DIABO
NO CORPO.
(...) Apesar desse regime duro,
concluiu o curso primário em 1923. A professora Rosária Laranjeira, acreditando
na potencialidade intelectual do rapaz, desejava levá-lo para Belo Horizonte. E
propunha-se até a custear seus estudos na capital mineira. Mas João Cândido não
concordou. Os minguados mil réis que Chico ganhava eram indispensáveis ao
orçamento doméstico. Sobretudo porque a família aumentava, pois além dos nove
filhos do primeiro casamento, João Cândido foi pais seis vezes com dona
Cidália.
Em 1925, ingressou no comércio.
Primeiro, como auxiliar de cosinha no Bar do Dove. Em seguida na venda de José
Felizardo Sobrinho. Rigor dos velhos tempos: das seis e meia da manha às oito
da noite, o rapazinho vivia na azafama de pesar feijão, cortar lingüiça arrumar
as prateleiras, varrer o chão. O salário era de 13 mil-réis.Tudo bem. Aúnica
contrariedade era servir bebida alcoólica.
“A minha tragédia era vender
cachaça. O sujeito bebia, caía eu tinha que carregar.”
Para todo mundo, deixara de ser o
menino aluado que conversava com os Espíritos. Isso parecia coisa do passado.
Puerilidades de um garoto extravagante. Agora, integrado na comunidade católica,
tal como queriam seu pai e o padre Scarzelli, obedecia rigidamente às
recomendações que lhe eram impostas pela igreja. Confessava, comungava,
comparecia as missas, acompanhava as procissões. O Espírito de dona Maria João
nunca mais lhe aparecera.
***
Fonte: - “CHICO XAVIER Por Ele
Mesmo. – Autores Diversos, - 1 ª. edição, - Editora Martin Claret Ltda, - São
Paulo, SP, - Outubro de 1994.
Nenhum comentário:
Postar um comentário