Reunião
pública de 29/8/1960. - Questão nº 224 Parágrafo 3º
Em matéria de respeito ao livre-arbítrio, reparemos a conduta do
Cristo,
junto
daqueles que lhe partilham a marcha.
Companheiro de João Batista, não lhe torce a vocação.
Em circunstância alguma encarcera espiritualmente os discípulos em
atitudes determinadas.
Ajuda sem pedir adesões.
Ensina sem formular exigências.
Escarnecido em Nazaré, onde fixara moradia, não procura evidenciar-se.
Renova Maria de Magdala, sem constrangê-la.
Não ameaça Nicodemos, porque o doutor da lei não lhe compreenda de
pronto a palavra.
Não exibe poderes divinatórios para impressionar o Sinédrio.
Permite que Pedro o renegue à vontade.
Deixa que Judas deserte como deseja.
Confere a Pilatos e Antipas pleno direito de decisão.
Não impede que os amigos durmam no horto, enquanto ora em momento grave.
O Cireneu que se destaca, a fim de auxiliá-lo no transporte da
cruz, é trazido pelo povo, mas não rogado por ele mesmo.
E, ainda depois da morte, volvendo ao convívio dos irmãos de ideal,
não tem qualquer bravata de interventor.
Entende as dúvidas de Tomé.
E quando visita Saulo de Tarso, às portas de Damasco, aparece na
condição de um amigo, sem qualquer intuito de violência.
Onde surge, o Mestre define a luz e o amor em si mesmo, indicando,
no próprio exemplo, o roteiro certo, mas sem coagir pessoa alguma nessa ou
naquela resolução.
*
Quando quiseres verificar se os Espíritos comunicantes são bons e
sábios, rememora o padrão de Jesus e perceberás que são realmente sábios e bons
se te ajudam a realizar todo o bem com esquecimento de todo o mal, sem te
afastarem da responsabilidade de escolheres o teu caminho e de seguires adiante
com os próprios pés.
Livro: “SEARA DOS MÉDIUNS”, - Emmanuel, - Psicografado
por Francisco Cândido Xavier, - 12 ª edição, - Editora F E B, - Rio de Janeiro,
RJ, - Abril de 2000.
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