Ernesto Bozzano
1862
- 1943
Nasceu em 1862, em Gênova, Itália e desencarnou em 1943, na mesma
localidade. Professor da Universidade de Turim, foi, antes de se converter ao
Espiritismo, materialista, céptico, positivista.
Pesquisador profundo e meticuloso, escreveu mais de trinta e cinco obras,
todas de caráter científico. Organizador de estudo experimental, com o valioso
concurso de 76 médiuns. Elaborou nove monografias inconclusas. Essa a folha de
serviço de um dos mais eruditos pensadores e cientistas italianos. Seu nome:
Ernesto Bozzano.
Numa época em que o Positivismo empolgava muitas consciências, Bozzano
demonstrava-lhe nítida inclinação. Dos postulados positivistas gravitou para
uma forma intransigente de materialismo, o que o levou a proclamar mais tarde: Fui um positivista-materialista a tal ponto
convencido, que me parecia impossível pudessem existir pessoas cultas, dotadas
normalmente de sentido comum, que pudessem crer na existência e sobrevivência
da alma.
O fato de representantes da Ciência oficial levarem a sério a
possibilidade da transmissão de pensamento entre pessoas que vivem em
continentes diferentes, a aparição de fantasmas e a existência das chamadas
casas mal-assombradas escandalizava Bozzano.
Somente após ler diversas outras obras é que Ernesto Bozzano resolveu
dedicar-se com afinco e verdadeiro fervor ao estudo aprofundado dos fenômenos
espíritas, fazendo-o através das obras de Allan Kardec, Léon Denis, Gabriel
Delanne, Paul Gibier, William Crookes, Alexander Aksakof e outros.
Como medida inicial para um estudo profundo, Bozzano organizou um grupo
experimental, do qual participaram muitos professores da Universidade de
Gênova.
No decurso de cinco anos consecutivos, graças ao intenso trabalho
desenvolvido, esse pequeno grupo propiciou vasto material à imprensa italiana
e, ultrapassando as fronteiras, chegou a vários países. Havia-se obtido a
realização de quase todos os fenômenos, culminando com a materialização de seis
Espíritos, de forma bastante visível, e com a mais rígida comprovação.
Dentre as mais de trinta e cinco obras escritas, citamos “A Crise da
Morte”, A Hipótese Espírita e as teorias Científicas”, “Animismo ou
Espiritismo”, “Comunicações Mediúnicas entre Vivos”, “Pensamento e Vontade”,
“Fenômeno de Transfiguração”, “Metapsíquica Humana”, “Os Enigmas da
Psicometria”, “Fenômenos de Talestesia”, etc.
O seu devotamento ao trabalho fez com que se tornasse, de direito e de
fato, um dos mais salientes pesquisadores dos fenômenos espíritas, impondo-se
pela projeção do seu nome e pelo acendrado amor que dedicou à causa que havia
esposado e que havia defendido com todas as forças de sua convicção inabalável.
Um fato novo veio contribuir para robustecer a sua crença no Espiritismo.
A desencarnação de sua mãe, em julho de 1912, serviu de ponte para demonstração
da sobrevivência da alma. Bozzano realizava nessa época sessões semanais com um
reduzido grupo e com a participação de famosa médium. Realizando uma sessão na
data em que se dava o transcurso do primeiro ano da desencarnação de sua
genitora, a médium escreveu umas palavras num pedaço de papel, as quais, depois
de lidas por Bozzano o deixara assombrado. Ali estavam escritos os dois últimos
versos do epitáfio que naquele mesmo dia ele havia deixado no túmulo de sua
mãe.
Fonte: OS GRANDES GIGANTES DA DOUTRINA ESPÍRITA. –
INTERNET.