Emma Hardinge
Britten
1823 – 1889
Nenhuma história do Espiritismo seria
completa sem referências a essa notável escritora, que foi denominada Apóstolo
Paulo feminino do Movimento Espírita sendo que nasceu em Londres no ano de
1823. Ela era uma mocinha inglesa que havia ido para Nova Iorque com uma
empresa de teatro e tinha permanecido nos Estados Unidos, onde viveu em companhia
de sua mãe.
A inglesa Emma Hardinge Britten foi uma destas
mulheres que a despeito de tudo e de todos lutou pela causa espiritualista de
forma contundente, apesar da oposição machista que vez por outra tinha que
enfrentar. Até então Emma, cuja família era protestante, tinha grande aversão
pelos fenômenos mediúnicos e pelas idéias dos espiritualistas.
Na primeira sessão mediúnica que
participou em 1856, repelia com energia qualquer aproximação com os espíritos,
entretanto, sendo posta posteriormente em contato com o Espiritismo, onde
obteve provas irrefutáveis das verdades por ele apregoadas. Por fim se
converteu e passou a exercer sua mediunidade clarividência.
Como médium ela protagonizou um dos casos
mais bem documentados de sua época, quando em transe afirmou que o Navio
Pacific tinha naufragado no Oceano Atlântico e que todos os seus passageiros
tinham sido mortos. Por conta desta revelação ela foi perseguida pela empresa
proprietária da embarcação. Emma afirmou que suas declarações se baseavam em
depoimentos de Espíritos desencarnados na tragédia. Por fim todas suas
informações foram confirmadas.
Após o incidente ela seguiu suas atividades
mediúnicas viajando por todos os lugares dos Estados Unidos, fazendo propaganda
do Espiritualismo Moderno e exercendo seus dons.
Voltou para a Inglaterra em 1856, onde
escreveu duas grandes obras de cunho espiritualista, Modern American Spiritualism
(Espiritualismo Americano Moderno) e Ninetteenth Century Miracles (Milagres do
Século Dezenove) sendo que estes livros representam interessantes pesquisas,
unidas a um raciocínio claro e lógico.
No ano de 1870 casou-se com o Dr. Britten,
espírita tão devotado quanto ela. Tudo indica que foi uma união realmente
feliz.
Lançou o jornal de The Two Worlds (Os dois
mundos) de Manchester sendo ainda um órgão que ainda atualmente desfruta de
grande circulação, representando um veículo publicitário de grande penetração
em todo o mundo.
Em 1878 ela viajaria junto com o seu
esposo para Austrália e a Nova Zelândia, na qualidade de missionários do
Espiritismo, ali demorando muitos anos e fundando as bases de numerosas
sociedades espíritas.
As obras de Emma Hardinge Britten, nos
primórdios do Espiritismo, foram das mais relevantes, devendo-se a ela grande
número de conversões, inclusive de pessoas de grande projeção na época.
Referindo-se à médium Ernesto Bozzano, um
dos maiores escritores espíritas, e profundo investigador, homem de ciência,
polemista emérito, cuja obra honra e engrandece a Doutrina Espírita, em notável
depoimento escrito para a revista “La Luz Del Porvenir”, relatou que o livro Modern
American Spiritualism (Espiritualismo Americano Moderno) lhe foi muito
proveitoso no período de sua conversão ao Espiritismo.
Referindo-se à médium em sua pesquisa
Arthur C. Doyle afirmou:
“(...) A série de casos fenomenais era tão
grande que Mrs. Britten contou mais de quinhentos exemplos registrados na
imprensa nos primeiros anos, o que representa provavelmente algumas centenas de
milhares não registrados (...)”.
A sua desencarnação aconteceu no ano de
1889.
Fonte: OS GRANDES GIGANTES DA DOUTRINA ESPÍRITA. –
INTERNET.
RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)
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