LIBERDADE,
IGUALDADE FRATERNIDADE VIII.
“Segue-se que, ate que os homens estejam imbuídos do
sentimento da verdadeira fraternidade, falta tê-los na servidão? Que sejam
impróprios às instituições fundadas sobre os princípios da igualdade e de
liberdade? Semelhante opinião seria mais do que um erro; seria absurda. Não se
espera que uma criança que haja feito todo o seu crescimento para fazê-la
caminhar. Quem, aliás, a tem mais freqüentemente em tutela? São os homens de
idéias grandes e generosas, guiados pelo amor ao progresso? Aproveitando da
submissão de seus inferiores, para desenvolver neles o senso moral, e
elevá-los, pouco a pouco a condição de homens livres? Não; são, na maioria,
homens ciosos de seu poder, à ambição e à cupidez dos quais outros homens
servem de instrumento, mais inteligentes do que os animais, e que, para esse
efeito, em lugar de emancipá-los os têm, o maior tempo possível, sob o jugo e
na ignorância. Mas essa ordem de coisas muda para si mesma pela força
irresistível do progresso. A reação é, as vezes, violenta e tanto mais terrível
quanto o sentimento de fraternidade, imprudentemente abafado, não vem interpor
um poder moderador; a luta se
estabelece, entre aqueles que querem agarrar e aqueles que querem reter; daí um
conflito que se prolonga, freqüentemente, durante séculos. Um equilíbrio
factício se estabelece enfim; há melhoria; mas sente-se que as bases sociais
não estão sólidas; o solo treme a cada instante sob os passos, porque não é,
ainda, o reino da liberdade e da igualdade sob a égide da fraternidade, por que
o orgulho e o egoísmo, estão sempre ali, levando ao fracasso os esforços dos
homens de bem.”
ALLAN
KARDEC.
Fonte: O Livro “OBRAS PÓSTUMAS”, - Allan Kardec –27 a.
Edição. –Instituto de Difusão Espírita , - Araras, SP. – Maio 2012.
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