SEARA DOS MÉDIUNS.
EM SERVIÇO MEDIÚNICO.
Reunião pública de 15-02-1960. – L. M.
Questão n º. 228.
Se abraçaste a mediunidade,
previne-te contra o orgulho como quem se acautela contra um parasito
destruidor.
Agente sutil, assume formas diversas
na constituição espiritual.
A princípio, tem o caráter
avassalante de uma infestação, como a sarna.
É a requisição pruriginosa do
personalismo insensato.
As vítimas identificam apenas a si
mesmas.
Não vêem o mérito dos outros.
Não reconhecem o direito dos outros.
Não observam a aspiração dos outros.
Não admitem a necessidade dos
outros.
Fascinadas pelos adjetivos pomposos,
caminham enceguecidas da razão, como alienados mentais.
A fase aguda, porém, cede lugar a
profundo abatimento.
Sem qualquer recurso para receberem
o remédio moral da ponderação e muito menos o ataque da crítica, os doentes
dessa espécie caem na armadilha da dúvida ou as sombras da queixa.
Descrendo sistematicamente da
utilidades daqueles que os cercam, acabam descrendo da utilidade que lhes é
própria.
Dizem-se então, perseguidos e
desanimados.
Proclama-se vacilantes e infelizes.
E fogem do serviço, como quem corre
do perigo iinente, descansando, por fim, no museu das promessas frustradas.
0
No exercício mediúnico, aceitemos o
ato de servir por lição das mais altas na escola do mundo.
E lembremo-nos de que assim como na
vida possui trabalhadores para todos os misteres, há médiuns, na obra do bem,
para a execução de tarefas de todos os feitios.
Nenhum existe maior que o outro.
Nenhum está livre do erro.
Todos, no entanto, guardam consigo a
bendita possibilidade de auxiliar.
Esse tem a palavra que educa, aquele
a mão que alivia e aquele a pena que consola.
Esse traz a oração que enleva,
aquele transporta a mensagem que reanima e aquele outro mostra a força de
restaurar.
Usa, pois, tuas faculdades
medianímicas como empréstimo da Bondade-infinita, para que o orgulho te não
assalte.
E recorda que Jesus, o Medianeiro
Divino, em circunstância alguma requestou a admiração dos maiorais do seu
tempo, e sim passou entre os homens, amparando e compreendendo, ajudando e
servindo...
E se houve um dom de Deus em que se
empenhou de preferência aos demais, foi aquele de praticar o culto vivo do
Evangelho no coração do povo, visitando em pessoa os casebres da angústia e
alimentando a turba faminta, ofertando amor puro aos enfermos sem-nome e
estendendo esperança aos que viviam sem lar.
EMMANUEL.
Livro: “SEARA DOS MÉDIUNS”, -
Emmanuel, - Psicografado por Francisco Cândido Xavier, - 12 ª edição, - Editora
F E B, - Rio de Janeiro, RJ, - Abril de 2000.
Nenhum comentário:
Postar um comentário