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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

- POEMAS ESPÍRITAS. - PARNASO DE ALÉM TÚMULO. - ADEUS. - AUTA DE SOUZA. (CHICO XAVIER.)

                                               ADEUS.

                        O sino plange em terna suavidade,
                        No ambiente balsâmico da igreja;
                        Entre as naves, no altar, em tudo adeja
                        O perfume dos goivos da saudade.

                        Geme a viuvez, lamenta-se a orfandade;
                        E a alma que regressou ao exílio beija
                        A luz que resplandece, que viceja,
                        Na catedral azul da imensidade.

                        “Adeus, Terra das minhas desventuras...
                        Adeus, amados meus...” – diz nas alturas
                        A alma liberta, o azul do céu singrando...

                        - Adeus... – choram as rosas desfolhadas,
                        - Adeus... – clama as vozes desoladas
                        De quem ficou no exilo soluçando...

                                                                       - AUTA DE SOUZA.

            Nascida em 12 de setembro de 1876, em Macaíba, Rio Grande do Norte, desencarnou a 7 de fevereiro de 1901, portanto aos 24 anos, em Natal. Deixou um único livro, Horto, cuja primeira edição, prefaciada por Olavo Bilac, em outubro de 1899, apareceu em 1900 e se esgotou em três meses. A segunda edição feita em Paris, em 1910, traz uma biografia da Autora por H. Castriano, Finalmente, teve uma terceira edição no Rio de janeiro, em 1936, prefaciada por Alceu de Amoroso Lima. Espírito melancólico, sofredor, muito místico. Seu estilo simples e triste se reproduz perfeitamente nestes versos Mediúnicos.

            Fonte: PARNASO DE ALÉM - TÚMULO - CÁRMEN CINIRA - Chico Xavier- Editora FEB. Rio de Janeiro RJ - 1935.


                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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