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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

- POEMAS ESPÍRITAS. - PARNASO DE ALÉM TÚMULO. - ALMAS DE VIRGENS. - AUTA DE SOUZA. (CHICO XAVIER.)

                            ALMAS DE VIRGENS.

                        Andam sombras errando abandonadas
                        Ao é das lousas e das covas frias,
                        Almas de pobres freiras desamadas,
                        Perambulando pelas sacristias.

                        Almas das que não foram desposadas,
                        Como bandos de rolas erradias,
                        Angélicas visões de bem-amadas,
                        Mortas na aurora rútila dos dias...

                        Virgens mortas! Tristíssimas oblatas
                        De um sectário de luz piedoso e santo,
                        Que sonhais entre os tálamos celestes,

                        Entoai nos céus as tristes serenatas
                        Com as vossas roxas túnicas de pranto,
                        Cantando à luz do amor que não tivestes!...

                                                                       - AUTA DE SOUZA.

            Nascida em 12 de setembro de 1876, em Macaíba, Rio Grande do Norte, desencarnou a 7 de fevereiro de 1901, portanto aos 24 anos, em Natal. Deixou um único livro, Horto, cuja primeira edição, prefaciada por Olavo Bilac, em outubro de 1899, apareceu em 1900 e se esgotou em três meses. A segunda edição feita em Paris, em 1910, traz uma biografia da Autora por H. Castriano,. Finalmente, teve uma terceira edição no Rio de janeiro, em 1936, prefaciada por Alceu de Amoroso Lima. Espírito melancólico, sofredor, muito místico. Seu estilo simples e triste se reproduz perfeitamente nestes versos Mediúnicos.

            Fonte: PARNASO DE ALÉM - TÚMULO - CÁRMEN CINIRA - Chico Xavier- Editora FEB. Rio de Janeiro RJ - 1935.


                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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