O LIVRO DOS MÉDIUNS.
SEGUNDA
PARTE.
CAPÍTULO
V.
MANIFESTAÇÕES FÍSICAS ESPONTÂNEAS.
FENÔMENOS
DE TRANSPORTE.
99.
Continuação... Este fenômeno oferece uma particularidade bastante singular, e é
que certos médiuns não obtém senão no estado sonambúlico, e isso se explica
facilmente. Há, no sonambulismo, um desprendimento natural, uma espécie de
isolamento do Espírito e do perispírito, que deve facilitar a combinação dos
fluidos necessários. Tal é o caso dos transportes, dos quais fomos testemunha.
As questões seguintes foram endereçadas ao Espírito que os havia produzido, mas
suas respostas, por vezes, de sua insuficiência; nós as submetemos ao Espírito
Erasto, muito mais esclarecido do ponto de vista teórico, e que as completou
com observações muito judiciosas. Um é o artesão, o outro o sábio, e a própria
comparação dessas duas inteligências é um estudo instrutivo, porque prova que
não basta ser Espírito para tudo compreender.
7. Mas os anéis
tem um valor; onde os tomastes? Isso não prejudicou àquele de quem tirastes?
Apanhei em lugares desconhecidos a todos, de maneira que
ninguém possa ter algum prejuízo.
Nota de Erasto.
Creio que o fato está explicado de um modo insuficiente em razão da capacidade
do Espírito que respondeu. Sim; pode isso ter causado um mal real; mas o
Espírito não quis passar por ter subtraído alguma coisa. Um objeto não pode ser
substituído senão por um outro objeto idêntico, da mesma forma, do mesmo valor;
consequentemente, se um Espírito tinha a faculdade de substituir um objeto com
o que toma, não teria motivos para tomá-lo, e deveria dar aquele que serve para
substituir.
8. É possível
trazer flores de outro planeta?
Não, isso não é possível.
(A Erasto) Outros
Espíritos teriam esse poder?
Não, isso não é possível em razão do meio ambiente.
9. Poderíeis
transporta flores de outro hemisfério, dos trópicos por exemplo?
Desde o momento que estejam na Terra, eu o posso.
10. Os objetos que transportastes, poderíeis fazê-lo
desaparecer e trazê-los de volta.
Assim como os trouxe, posso levá-los à minha vontade.
Fonte, “Livro dos Médiuns“, Allan Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, do
Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.

Nenhum comentário:
Postar um comentário