A LEI.
Em reflexões misérrimas,
absorto,
Raciocinava: - “O último
tormento
É regressar à carne e ao
sofrimento
Sem o triste fenômeno do
aborto!...
Toda amargura dalma é o
desconforto
De
retornar ao corpo famulento,
E apagar toda luz do
pensamento
Nas células de um mundo
amargo e morto!...
Mas, uma voz da luz dos
grandes mundos,
Em conceitos sublimes e
profundos,
Respondeu-me em acentos
colossais:
- “Vermes que volves dos
esterquilínios,
Cessa a miséria de teus
raciocínios,
Não insultes as leis
universais.”
AUGUSTO
DOS ANJOS.
PARAIBANO. Nasceu em
1884 e desencarnou em 1914, na Cidade de Leopoldina, Minas. Era professor no
Colégio Pedro II. Inconfundível pela bizarria da técnica, bem como dos assuntos
de sua predileção, deixou um só livro – Eu – que foi, aliás, suficiente para
lhe dar personalidade original.
Fonte: PARNASO DE ALÉM - TÚMULO -
CÁRMEN CINIRA e outros autores - Chico Xavier- Editora FEB. Rio de Janeiro RJ -
1935.
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