EVANGELHO SEGUNDO
O ESPIRITISMO.
CAPÍTULO V.
BEM-AVENTURADOS
OS AFLITOS.
O SUICÍDIO E A LOUCURA.
17. Além
e acima de tudo, o Espiritismo ainda tem uma outra conclusão também positiva, e
talvez mais determinante. Ele nos mostra os próprios suicidas , vindo relatar
sua posição infeliz e, com os seus relatos, provar que ninguém transgride
impunemente a Lei de Deus, que proíbe ao homem dar cabo de sua vida. Para os
suicidas, mesmo levando- se em conta que o sofrimento é temporário, e não
eterno, nem por isso deixa de ser terrível, e as conseqüências que dele
resultam dão o que pensar a quem quer que seja tentado a se suicidar e partir
daqui antes da vontade de Deus. Para contrapor-se à idéia do suicídio, o
espírita tem vários motivos: a certeza de uma vida futura, na qual ele sabe que
será muito mais feliz quanto mais confiante e resignado teria sido na Terra; a
certeza de que, ao encurtar sua vida, alcançará um resultado completamente
oposto daquele que esperava, porque liberta-se de um mal para entrar no outro
pior, mais longo e mais terrível; que se engana ao acreditar que, por se matar,
chegará mais rápido ao Céu, e, alem de tudo, o suicídio, também é um obstáculo
para que ele se reúna às pessoas de sua afeição, que esperava reencontrar no
outro mundo. Daí a conseqüência de que o suicídio, dando-lhe apenas decepções,
está contra os seus interesses. É por estas razões que o conhecimento da
Doutrina Espírita já conseguiu impedir um grande número de suicídios. Pode-se
concluir que, quando todos forem espíritas, não haverá mais suicídios
conscientes. Comparando-se os resultados da doutrina materialista e da Doutrina
Espírita, em relação ao suicídio, percebe-se que a lógica do materialismo
conduz ao suicídio, enquanto a do Espiritismo o impede, o que é confirmado pela
experiência.
Fonte: O Evangelho Segundo o
Espiritismo - Allan Kardec - 3a. Edição - Editora Petit - São Paulo,
SP - 2000.
Nenhum comentário:
Postar um comentário