O
LIVRO DOS MÉDIUNS.
SEGUNDA
PARTE.
DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS.
CAPÍTULO
IV.
TEORIA
MANIFESTAÇÕES FÍSICAS ESPONTÂNEAS.
Continuação da pergunta n º. 95:
95. Entrevista
com o Espírito perturbador da rua de Noyers.
11. Se não os tivesse encontrado, terias podido
fabricá-los?
Teria sido mais difícil; mas a rigor, misturam-se as
matérias, e isso faz um todo qualquer.
12. Agora, diga-nos, como os lançou?
Ah! Isso é
mais difícil de dizer; fui ajudado pela natureza elétrica da jovem, junto à
minha menos material; nós dois podemos transportar, assim, essas diversas
matérias.
13. Penso
que gostarias de nos dar algumas informações sobre tua pessoa. Dize-nos, pois,
de início, se faz muito tempo que morreste.
Faz bastante
tempo, há bem cinqüenta anos.
14. Que
eras quando vivo?
Pouca coisa
de bom. Recolhia objetos nas ruas deste bairro, e me diziam, por vezes, tolices
porque gostava muito do licor vermelho do bom homem Noé; por isso, queria
fazê-los todos fugirem.
15. Foste
tu mesmo, e de plena vontade, quem respondeu nossas perguntas?
Tinha um instrutor.
16. Qual
é esse instrutor?
Vosso bom
rei Luís.
Nota: Esta
pergunta foi motivada pela natureza de certas respostas que pareceram
ultrapassar a capacidade deste Espírito, pelo fundo das idéias e mesmo pela
forma da linguagem. Não há nada, pois a admirar pelo fato de ter sido ajudado
por um Espírito mais esclarecido, que queria aproveitar esta ocasião para nos
dar uma instrução. Este é um fato muito comum, mas uma particularidade a ser
notada nesta circunstância, de vez que a influência de outro Espírito se faz
sentir na própria escrita; as respostas nas quais interveio são mais regulares,
mais fluentes; a do trapeiro é angulosa, grosseira, irregular, frequentemente
pouco legível, e tem em tudo outro caráter.
17. Que
fazes tu agora; te ocupas com o teu futuro?
Não ainda,
eu erro. Pensa-se tão pouco em mim sobre a Terra, que ninguém ora por mim;
porque não sou ajudado, não trabalho.
Nota:
Ver-se-á mais tarde o quanto se pode contribuir para o adiantamento e o alívio
de espíritos inferiores, pela prece e conselho.
18. Qual
era o seu nome quando vivo?
Jeannet.
19. Muito
bem! Jeannet, oraremos por ti. Diga-nos se nossa evocação te causou prazer ou
contrariedade.
Antes
prazer, porque sois bons, alegres viventes, embora um pouco austeros; pouco
importa, me escutastes e estou contente.
Jeannet.
Fonte,
“Livro dos
Médiuns“, Allan
Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, do Instituto de Difusão Espírita de
Araras, SP.
RHEDAM.(mzgcar@gmail.com)
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