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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA N º. 17. - MÉDIUM E MEDIUNIDADE. - ANEXO N º. 98. - MÉDIUM INESQUECÍVEL. - EMMANUEL. (CHICO XAVIER.)


                           MÉDIUM INESQUECÍVEL.

                                                                                              Emmanuel.

            Estudando mediunidade e ambiente, recordemos um dos médiuns inesquecíveis dos dias apostólicos: Paulo de Tarso.
            Em torno dele tudo era contra a luz do Evangelho.
            A sombra do fanatismo e da crueldade não se instalara apenas no Sinédrio, onde se lhe situava a corte dos membros e amigos, mas também nele próprio, transformando-o em perigos instrumento de perseguição e de morte.
            Feria, humilhava e injuriava a todos os que não pensassem pelos princípios que lhe norteava a ação.
            Mas, desabrochava-lhe a mediunidade inesperadamente.
            Vê Jesus redivivo e escuta-lhe a voz.
            Aterrado, reconhece os enganos em que vivera.
            Entretanto, não perde tempo em lamentações inúteis.
            Não sucumbe desesperado.
            Não se confia à volúpia da auto-condenação.
            Não foge à luta pela renovação íntima.
            Percebe que não pode recolher, de pronto, a simpatia de família espiritual de Jesus, mas não se sente fracassado pó isso.
            Observa a expressão dos próprios erros, mas não se entrega ao remorso vazio.
            Empreende, com sacrifício, a viagem da própria renovação.
            Para tanto, não reclama a cooperação alheia, mas dispõe-se, ele mesmo, a colaborar com os outros.
            Encontra imensas dificuldades para a iluminação da alma; no entanto, não esmorece na luta.
            Segundo a palavra fiel do Novo Testamento, é açoitado e preso, várias vezes, pelo amor com que ensinava a verdade mas, em contraposição, na Letônia e na Macedônia, foi tido como sendo “Mercúrio” encarnado e “Serviço do Pai altíssimo”.
            Não se sente, todavia, esmagado pela flagelação ou confundido pelo êxito.
            Tolera assaltos e elogios como o pagador correto, interessado no resgate das próprias contas.
            Diz ainda a Boa Nova que “Deus operava maravilhas pelas mãos dele”; entretanto, ele próprio declara trazer consigo “um espinho na carne”, que o obriga a viver em provação permanente.
            E, quando o corpo lhe permite, da testemunho da realidade espiritual, combatendo ignorância e superstição, maldade e orgulho, tentação e vaidade.
            Nem ouro fácil.
            Nem privilégios.
            Nem cidadela social.
            Nem apoio político.
            Ele e o tear que o ajudava a sustentar-se ficaram, através dos séculos, como símbolo perfeito de influência pessoal e meio adverso, ensinando-nos a todos, principalmente a nós outros, encarnados e desencarnados de todos os tempos, que podemos pedir orientação, falar em orientação mas que, acima de tudo, precisamos ser a própria orientação em nós mesmos.

    Fonte: “SEARA DOS MÉDIUNS”, psicografado por F. C. Xavier, edição FEB.

                                               RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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